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Flordelis: Defesa pede saída de Flávio dos Santos após carta

Correspondência que aponta Misael como mandante foi divulgada pela parlamentar

Paulo Moura - 25/09/2019 14h22

Flávio dos Santos e a deputada Flordelis Foto: Samuel Santos

A defesa de Flávio dos Santos, filho de Flordelis, réu no processo que apura a morte do pastor Anderson do Carmo, pediu nesta terça-feira (24), a revogação da prisão dele após mais de três meses preso. A Justiça, porém, ainda não definiu a situação.

Flávio foi detido no dia 17 de junho, durante o enterro do pai. Em depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), ele confessou o crime e relatou que atirou seis vezes contra o pastor Anderson. A defesa, porém, contesta a confissão e diz que ela foi feita sem a presença de um advogado.

No pedido de soltura, além de alegar problemas na confissão, os advogados Maurício Mayr, Flávio Crelier e Anderson Rollemberg questionam as provas existentes contra o cliente e citam o surgimento de uma nova evidência, uma carta que Flordelis afirma ter recebido de Lucas Cézar dos Santos de Souza com o nome de um novo autor para o crime, o vereador Misael.

A carta de Lucas foi anexada pelos advogados de Flávio ao processo na terça-feira e encaminhada à Delegacia de Homicídios nesta quarta-feira (25).

O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do dia 16 de junho, na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.

Dois filhos da pastora estão presos preventivamente, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.

Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.

Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.

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