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Filha de Flordelis diz que mãe sabia de plano para matar pai

Marzy confirmou que pediu ao irmão para matar Anderson do Carmo

Paulo Moura - 20/08/2019 08h37 | atualizado em 21/08/2019 11h37

Marzy Teixeira teria oferecido dinheiro ao irmão para matar Anderson Foto: Reprodução

Em depoimento a policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, Wagner Andrade Pimenta, conhecido como Misael, um dos filhos adotivos da deputada federal Flordelis e do pastor Anderson do Carmo, afirmou acreditar que a mãe foi a “mentora intelectual” da morte do pai. O relato foi dado por ele no dia 18 de junho deste ano, dois dias após o crime. Misael foi um dos primeiros a prestar depoimento atribuindo à Flordelis participação no assassinato.

Misael disse, em seu depoimento, que, manipulando os filhos, Flordelis encontrou alguém com coragem para matar Anderson. Em suas declarações, o filho falou ainda que a mãe lhe disse acreditar que Anderson estava a enganando com relação à dinheiro. No depoimento, Misael contou que em outubro do ano passado, Anderson ficou internado cinco dias e perdeu quase 20 quilos. Na época, ele disse que não sabia o motivo, mas hoje sabe que estavam dopando o pai, dando remédios para ele a mando de Flordelis.

No dia 24 de junho, Misael deu um novo depoimento à polícia e, na ocasião, relatou ter descoberto que Flordelis digitou uma das mensagens que a irmã, Marzy Teixeira, enviou para Lucas pedindo que ele matasse Anderson. Segundo Misael, Marzy foi questionada pela esposa dele, Luana, sobre a mensagem, e ela admitiu que o texto foi escrito pela pastora.

Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico apenas de Flordelis, e Lucas Cézar dos Santos, filho adotivo do casal, são réus pela morte do pastor. De acordo com as investigações, o primeiro foi o responsável por atirar na vítima e o segundo, o auxiliou na compra da arma do crime. A polícia agora investiga a participação de outras pessoas da família na execução.

O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do dia 16 de junho, na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.

Dois filhos da pastora estão presos preventivamente, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.

Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.

Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.

 

 

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