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Filha de Anderson do Carmo: “Nossa família acabou”

Kelly Cristina publicou um relato em suas redes sociais

Henrique Gimenes - 03/07/2019 21h46 | atualizado em 03/07/2019 21h47

Anderson do Carmo e Flordelis Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (3), uma das filhas do pastor Anderson do Carmo utilizou suas redes sociais para fazer um relato tocante de seus sentimentos após o assassinato do pai. Em seu texto, Kelly Cristina disse que desde o crime, “as coisas estão cada dia pior”.

Ao longo do desabafo, ela deixou claro que não era a filha favorita de Anderson e que nem sempre “concordava com tudo que fazia”, mas questionou os amigos que antes estavam seu lado sumiram após a morte do pastor.

– Fico aqui contando nos dedos e procurando os milhares de amigos que disputavam lugar ao seu lado e cadê eles para limpar sua honra? Cadê todos eles para querer justiça pela sua morte cruel? Cadê eles para seguir seu legado? – questionou.

Após o relato, Kelly foi questionada por um seguidor o motivo dela estar falando nas redes sociais. A jovem disse que já tinha feito seu papel ao depor.

Kelly Cristina e o pasto Anderson do Carmo Foto: Reprodução

Veja o texto completo:
Eu passei a madrugada revirando na cama e tentando entender tudo isso! É impressionante que desde a madrugada que acordei com a noticia da sua morte as coisas estão cada dia pior! Sabe, eu nunca imaginei que doeria tanto sua partida, afinal, eu não era sua filha preferida, eu não andava colada em você, eu não trabalhava com você, eu não concordava com tudo que fazia, e ainda tinha o agravante de você ter uma confiança louca nas pessoas que andavam com você e isso me irritava.

Quantas vezes eu olhava fixamente pros seus olhos querendo que você entendesse o que eu não podia falar com a boca, quantas vezes eu disse Pai isso é mentira, mas você preferia acreditar em quem te dizia, com falsas lágrimas, que era verdade! Ontem a noite, quando a igreja Ministério Flordelis de Pendotiba anunciou o fechamento das portas, me passou um filme rapidamente. Como você lutou loucamente por cada porta aberta e hoje elas se fecham. Suas ovelhas estão feridas e sofrendo, muitas perdidas e sem entender nada como eu! Por que acharam que conseguiriam fazer alguma coisa sem você aqui? Quem fez a burrice e a crueldade de tirar sua vida?

Eu sempre falei para algumas irmãs que você era a melhor parte da família (rsrsrs). Você nunca foi nosso problema e me desculpa nunca ter dito isso pessoalmente, mas e que nem você acreditaria nisso. Fico aqui contando nos dedos e procurando os milhares de amigos que disputavam lugar ao seu lado e cadê eles para limpar sua honra? Cadê todos eles para querer justiça pela sua morte cruel? Cadê eles para seguir seu legado? Hoje os telefonemas que recebo é para perguntar de que lado eu estou! Eu? Eu estou do lado da verdade, eu estou do lado de Jesus, eu estou do lado de quem sempre esteve do meu lado. Eu estou do lado da Justiça….Pai Niel, nossa Família acabou quando você partiu.

O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada de domingo (16) na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói, no Rio de Janeiro. O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.

Dois filhos da pastora estão presos preventivamente, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.

Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.

Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.

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