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Fernando Ferry, ex-secretário de Saúde do RJ, é alvo de operação

Ex-gestor da pasta foi o sucessor de Edmar Santos, responsável por delatar esquema de corrupção no governo fluminense

Paulo Moura - 10/02/2021 09h19 | atualizado em 10/02/2021 09h43

Fernando Ferry pediu demissão após pouco mais de um mês na Secretaria de Saúde do RJ Foto: Reprodução/TV Globo

O ex-secretário estadual de Saúde do estado do Rio de Janeiro, Fernando Ferry é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (10). Segundo investigações, há indícios de fraude em compras de equipamentos de proteção individual (EPIs) contra o coronavírus pelo Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, do qual Ferry é superintendente.

A força-tarefa das investigações apura suspeitas de direcionamento na escolha do fornecedor dos EPIs e de superfaturamento — alguns itens foram comprados pelo triplo do preço de mercado. O Gaffrée e Guinle é vinculado à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Na pasta de saúde, Ferry foi o sucessor de Edmar Santos, secretário que delatou um esquema que levou ao afastamento do governador Wilson Witzel. Pouco mais de um mês depois, Ferry pediu demissão. Nas ações desta quarta, a polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão. Um deles foi justamente no hospital gerenciado por Ferry, que fica no Maracanã, Zona Norte do Rio.

As suspeitas de irregularidades constam de uma auditoria da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e de um relatório de fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU). A força-tarefa aponta indícios de favorecimento de um determinado grupo de empresas e a conivência de funcionários públicos.

Uma das dispensas de licitação, de R$ 1,2 milhão, adquiriu, entre outros itens, 6.500 máscaras e 6.500 aventais. Cada máscara saiu a R$ 47,80, e cada avental, a R$ 49,50. Os mesmos itens foram cotados em outro chamamento público da EBSERH, respectivamente, por R$ 12,50 e R$ 15.

Neste caso, a CGU apontou um sobrepreço de R$ 650 mil e um superfaturamento de R$ 398 mil, além de fortes indícios de direcionamento do processo realizada pelo hospital. A operação também apura se o quadro societário das empresas beneficiadas é integrado por “laranjas”.

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