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Família diz que jovem que teve barriga aberta foi vítima de ‘ação criminosa’

Advogado da família do casal informou que as informações sobre o caso e sobre a identidade dos dois serão mantidas em sigilo

Paulo Moura - 01/02/2022 09h17 | atualizado em 01/02/2022 09h49

Entrada do local que dá acesso à praia onde o casal estava Foto: Reprodução/TV Gazeta

A família do jovem de 20 anos que foi encontrado com a barriga aberta em uma praia de Guarapari, no Espírito Santo, e a de sua namorada afirmaram, em uma nota divulgada na tarde de segunda-feira (31), que os dois foram vítimas de uma “ação criminosa e violenta praticada por terceiros”. O comunicado foi feito pelo advogado das famílias, Lécio Machado.

No texto da nota, os familiares das vítimas afirmam que os autores do crime ainda são desconhecidos. Além disso, afirmam no comunicado que preferem manter os fatos e, consequentemente, as identidades dos dois jovens sob sigilo. O caso aconteceu no dia 16 de janeiro, mas neste fim de semana ganhou repercussão nas redes sociais.

Também na tarde de segunda, o major Lourencini, da Polícia Militar, deu mais detalhes sobre o que os policiais encontraram no momento em que atenderam à ocorrência. Segundo ele, quando a equipe chegou ao local, o rapaz já havia sido socorrido e não estava mais lá. De acordo com o boletim da ocorrência, era possível ver parte do intestino do rapaz.

– Foram encontrados no local algumas poucas marcas de sangue, uma mochila com os pertences e cacos de vidro, garrafa quebrada no local, alguns pequenos órgãos também espalhados no local ali – disse ele.

Ao portal A Gazeta, o advogado Lécio Machado afirmou não ter dúvidas de que o ocorrido foi um ataque por conta do “nível de lesão” registrado nos dois. Ainda de acordo com Machado, ao contrário das informações que chegaram a circular nas redes sociais, nenhum dois é estudante de Medicina.

– Ela terminou o ensino médio e está fazendo pré-vestibular. Ele é universitário na área de tecnologia – relatou.

VERSÃO DO CASAL
De acordo com o advogado da família, os jovens teriam feito uso de álcool. Porém, em Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Militar, a jovem informou aos PMs que havia usado entorpecente. Ao advogado, a jovem relatou que não se lembra o que aconteceu e que só recobrou a consciência após o ataque, com o barulho de seu celular tocando.

– Era a mãe dela ligando, a quem pediu socorro. Ela também, quando viu a situação do namorado, foi até a guarita do parque e pediu ajuda. Eles acionaram o socorro – explicou.

Segundo Machado, o rapaz perdeu parte do intestino, mas já está bem, em um apartamento de um hospital, recuperando-se. Já sobre a jovem, o advogado relatou que ela está muito abalada e “com muita vergonha da situação”. Os dois serão ouvidos pela polícia ainda nesta semana.

– Já existe um inquérito apurando o que aconteceu, e eles vão prestar depoimento esta semana. Eles foram atacados, mas não sabem por quantas pessoas, não se lembram – ressalta.

VERSÕES OFICIAIS
No boletim de acionamento do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), divulgado pelo portal A Gazeta, foi informado que uma mulher teria dado entrada no Hospital Maternidade Anchieta, na cidade de mesmo nome, com cortes na mão, nas pernas e hematoma na cabeça, “devido a uma briga que teve com seu namorado”.

Já no registro oficial da ocorrência feito pela Polícia Militar, é descrito que o atendimento realizado pelos policiais ocorreu às 9h26, do dia 16 de janeiro. De acordo com o documento, os agentes foram ao Hospital Maternidade Anchieta, “para verificar uma situação de lesão corporal leve”, envolvendo uma mulher.

Aos policiais, a jovem relatou que estava na Praia do Morro, em Guarapari, com seu amigo, de 20 anos, e que, após fazerem uso de entorpecentes, ela não se lembrava de mais nada. Ao retomar a consciência, ela disse se lembrar de estar sendo socorrida pelos pais e de que o amigo tinha um corte profundo na região do abdômen.

O Corpo de Bombeiros, por meio de nota, relatou que foi acionado para atender a uma ocorrência de ferimento por arma branca no Parque do Morro da Pescaria, na Praia do Morro, em Guarapari. A equipe disse que chegou ao local e precisou caminhar cerca de um quilômetro por uma trilha para encontrar o jovem ferido.

– A vítima, do sexo masculino, já estava sendo atendido também por socorristas do Samu. O jovem apresentava ferimento contundente na cabeça e evisceração, com quadro hemorrágico. Com apoio de um quadriciclo, o ferido foi retirado e deixado na ambulância do Samu pelos militares, com apoio dos funcionários do parque – diz o texto.

Confira abaixo a nota divulgada pelo advogado das famílias:

“Considerando a grande repercussão social e o elevado número de especulações fantasiosas lamentavelmente divulgadas sobre o triste fato ocorrido com um jovem casal, no último dia 16 de janeiro de 2022, na Praia do Ermitão, no município de Guarapari-ES, as famílias envolvidas no caso resolveram em conjunto vir a público, através do seu advogado, Dr. Lécio Machado, sócio do escritório Silveira, Garcia & Machado Advocacia Especializada, para esclarecer que os seus filhos foram vítimas de uma ação criminosa e violenta praticada por terceiros ainda desconhecidos, durante um lual que realizavam a dois naquela data e localidade.

Compreensivelmente, as famílias dos jovens, em comum acordo, preferiram manter, até o momento, os fatos sob sigilo, com o único objetivo de preservar a identidade das vítimas e garantir a elas um ambiente adequado para a necessária recomposição emocional e física, dado que inegavelmente sofreram demasiada violência física e psicológica ao serem vítimas do crime, agora tornado público.

O casal tem recebido todo o atendimento médico-hospitalar necessário e encontra-se em pleno processo de recuperação. Confiamos nas investigações promovidas pela 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Guarapari e esperamos que os responsáveis pelo crime sejam encontrados e punidos”.

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