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Família de homem morto em viatura pede prisão de agentes

Genivaldo de Jesus Santos morreu por asfixia mecânica após ser colocado dentro de um veículo com gás

Pleno.News - 30/05/2022 18h37 | atualizado em 31/05/2022 09h30

PRF (Imagem ilustrativa) Foto: Vladimir Platonow / Agência Brasil

Nesta segunda-feira (30), as advogadas da família de Genivaldo de Jesus Santos, que morreu ao ser colocado em uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), solicitaram a prisão temporária dos agentes envolvidos na morte. As informações são do Metrópoles.

Além de terem enviado um ofício à Polícia Federal (PF), as advogadas também aguardam acesso ao inquérito.

Ao portal G1, a advogada Luciana Aguiar disse que a família de Genivaldo quer saber o motivo de os agentes ainda não terem sido presos.

– A família quer saber, porque se fosse um marginal qualquer já estaria preso, porque ainda esses três policiais que cometeram esse crime bárbaro, que não tem dúvida, por que ainda não estão presos? Fica essa pergunta – falou Luciana.

Genivaldo morreu na tarde da última quarta (25) após ser imobilizado por agentes da PRF e posto dentro do porta-malas de uma viatura com gás. O caso ocorreu na BR-101, no município de Umbaúba, litoral de Sergipe. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que o homem veio a óbito por asfixia mecânica e insuficiência respiratória.

Em nota divulgada na última quinta (26), a PRF afirmou que lamentava o ocorrido e que iniciou um procedimento disciplinar para avaliar a conduta dos policiais envolvidos. De acordo com o órgão, o homem havia resistido “ativamente a uma abordagem de uma equipe” e, “em razão da sua agressividade, foram empregadas técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo”.

DELEGADO NÃO VÊ MOTIVOS PARA PRISÃO
O delegado Fredson Vidal, da Polícia Federal em Sergipe, disse que não vê motivos para realizar a prisão de agentes da PRF envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos.

Ao Fantástico, da TV Globo, Vidal afirmou que a polícia rodoviária está contribuindo com a investigação e que, por isso, não há qualquer motivo que justifique a prisão dos agentes envolvidos na morte de Genivaldo. A apuração do caso está sob responsabilidade da Polícia Federal.

– A investigação está em andamento, está fluindo, a polícia rodoviária está contribuindo com a investigação desde o início. Então, a meu ver, não tem motivo para se subsidiar qualquer tipo de prisão dos policiais – disse o delegado.

A PF mandou a Sergipe quatro peritos federais do Instituto Nacional de Criminalística da Diretoria Técnica Científica. Outro órgão que acompanha o caso é o Ministério Público Federal (MPF), que abriu dois procedimentos, um cível e outro criminal, para investigar as circunstâncias da morte.

Neste domingo (29), a PRF divulgou um vídeo institucional para informar que assistiu “com indignação” a ação de policiais rodoviários federais durante a abordagem que levou à morte de Genivaldo. A instituição também apontou que “não compactua com qualquer afronta aos direitos humanos” e “busca aperfeiçoamento na abordagem de pessoas com transtornos mentais”.

O coordenador-geral de comunicação institucional da PRF, Marco Territo, declarou que a ação dos policiais foi uma “conduta isolada que não reflete” o posicionamento de outros agentes. Além disso, a corporação declarou que “desde o primeiro instante” a PRF não se negou a agir no caso e “imediatamente instaurou procedimento administrativo disciplinar, afastando os policiais envolvidos”.

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