Pleno.News - 17/05/2018 11h50 | atualizado em 17/05/2018 15h55

Depois da polêmica criada pela exposição Queermuseu no ano passado, mais um movimento surge para impedir que a exposição seja realizada em junho próximo. Desta vez, é o vereador Jorge Manaia (Solidariedade) que está buscando a proibição da mostra junto ao Ministério Público Estadual e a 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude da Capital. O parlamentar, que está em seu terceiro mandato na Câmara, se une a vários segmentos da sociedade, conservadores ou não, que não consideram positiva em seus efeitos uma exposição que promove pedofilia, blasfêmia contra credos, e ainda zoofilia.

– Estou tentando, por meios legais, impedir essa exposição ofensiva aqui no Rio. Não podemos permitir em nossa cidade eventos que promovam pedofilia, zoofilia e desrespeitam símbolos religiosos tradicionais – criticou Manaia.

A exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” está agendada para acontecer na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, na cidade do Rio de Janeiro. E ainda recebeu reforço financeiro por meio de uma ação da instituição no modelo crowdfunding (vaquinha virtual), com mais de 1.400 doadores, recebendo, em plena crise econômica nacional, a quantia de R$ 700.000 até março deste ano.

Jorge Manaia evocou artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente para sustentar seu pedido ao MP. O Queermuseu vem recebendo muitas críticas nas mídias sociais, em razão do conteúdo polêmico e da ausência de classificação etária.

– Caso eu não consiga a proibição, espero que o Ministério Público ao menos determine a faixa-etária adequada, para que crianças e adolescentes não tenham acesso a algumas destas imagens ofensivas e de conteúdo impróprio que fazem parte da exposição, conforme já aconteceu em outras cidades – lembrou Manaia.

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