Exército libera aquartelados por furto de metralhadoras
Cerca de 20 militares estão sendo investigados e podem responder criminalmente
Thamirys Andrade - 24/10/2023 14h48 | atualizado em 24/10/2023 16h22
Retidos no quartel de Barueri (SP) desde 10 de outubro, sete militares suspeitos de terem participado do furto de 21 metralhadoras do Exército foram liberados, segundo informou a corporação nesta terça-feira (24). Eles estavam aquartelados no Arsenal de Guerra junto de outros investigados pelo desaparecimento das armas ocorrido no feriado do 7 de setembro.
Em nota, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) declarou que não há mais aquartelados na base de Barueri. No período em que ficaram no quartel, eles prestaram depoimento sobre o sumiço das armas e tiveram seus celulares confiscados. Agora, eles poderão trabalhar e retornar para as suas casas.
Inicialmente, o Exército aquartelou um total de 480 militares, que foram liberados gradativamente. Chegou-se, então, ao nome de ao menos 20 suspeitos de terem participado do sumiço das armas. Eles serão investigados e podem responder por furto, peculato, receptação e extravio.
– O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informa que, em razão da evolução das investigações, o Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP) não está mais na situação de sobreaviso, ou seja, não existe mais nenhum efetivo aquartelado. Todos os militares da Organização Militar cumprem o expediente normalmente. No contexto da apuração criminal, os possíveis crimes cometidos, à luz do Código Penal Militar, são: furto; peculato; receptação; e desaparecimento, consunção ou extravio. A qualificação dos crimes compete ao Ministério Público Militar. Paralela à apuração criminal, na esfera disciplinar, as possíveis punições são: advertência; impedimento disciplinar; repreensão; detenção disciplinar; e prisão disciplinar [até 30 dias] – disse o CMSE.
Criminalmente, os responsáveis podem pegar penas que variam de um a 38 anos de prisão.
Até o momento, 17 das 21 metralhadoras que desapareceram foram recuperadas. Oito delas estavam abandonadas em um carro no Rio de Janeiro. Tratavam-se de quatro metralhadoras calibre .50 e quatro de calibre 7,62. As outras nove estavam em São Roque (SP), guardadas por dois suspeitos que chegaram a trocar tiros com a polícia e escapar logo depois, deixando as armas em um lamaçal. Eram cinco de calibre .50 e quatro de 7,62.
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