Ex-morador de rua é recebido pelo governador Witzel, no RJ
"Quer cuidar de quem já perdeu o sentido da vida", disse Léo Motta sobre Wilson Witzel
Ana Luiza Menezes - 06/08/2019 19h56 | atualizado em 06/08/2019 19h57
Nesta terça-feira (6), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, recebeu o ex-morador de rua e ex-dependente químico, Léo Motta, de 38 anos. O jovem é conhecido por ter contado suas experiências no livro Há Vida Depois das Marquises.
Witzel ouviu as considerações de Motta contra a internação compulsória de moradores de rua. Léo também teve a chance de conversar com o secretário de Governo e Relações Institucionais, Cleiton de Souza Rodrigues.
– Escutei do próprio governador que ele não pretende ‘limpar’ a cidade jogando as pessoas num canto. O governador disse que ‘quer cuidar de quem já perdeu o sentido da vida’ – contou o ex-morador de rua.
Ele foi até o Palácio Guanabara acompanhado pela esposa, Cyssa Motta, de 29 anos, grávida de cinco meses. Após ser ouvido, ele revelou que ficou aliviado ao poder ouvir os planos das autoridades para a situação das pessoas que vivem nas ruas.
– A rua foi ouvida. Falei de todos os problemas, da situação dos abrigos, que a internação forçada não funciona e ainda mostrei meu livro para o governador – disse.
Ao ouvir a história de Léo, o secretário de Governo e Relações Institucionais ficou emocionado.
– A história dele mostra que é possível mudar, mas precisa de força de vontade – disse Rodrigues.
A vida de Motta mudou após a passagem por uma comunidade terapêutica. Ele tinha passado seis meses pelas ruas e buscou ajuda dos agentes do Centro Presente. Foi então que foi levado para a Associação Solidários Amigos de Betânia, em Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade do Rio.
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