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Ex-governador do Rio é condenado a 13 anos de prisão

É a terceira condenação de Sérgio Cabral, que já soma 72 anos em penas

Henrique Gimenes - 20/10/2017 20h48 | atualizado em 20/10/2017 20h49

Ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, é condenado a 13 de prisão Foto: GERJ/Bruno Itan

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, condenou, nesta sexta-feira (20), o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a 13 anos de prisão, por lavagem de dinheiro. A condenação acontece na operação Mascate, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro utilizando concessionárias e compra de imóveis.

Esta é a terceira condenação de Sérgio Cabral. A primeira, de 14, foi pelo juiz federal Sérgio Moro, na operação Lava Jato em junho. A segunda, de 45 anos, foi dada também juiz Marcelo Bretas na operação Calicute, em setembro. Somadas as três penas, o ex-governador foi condenado a 72 anos de prisão.

Também foram condenados Carlos Miranda, a 12 anos de prisão, e Ary Ferreira da Costa Filho, a 9 anos e 4 meses. A dupla é apontada pelo Ministério Público Federal (MPF) como operadores de Cabral.

Na condenação, o juiz Marcelo Bretas afirmou que “toda a atividade criminosa aqui tratada teve a finalidade de que Sergio Cabral, seus familiares e comparsas integrantes da organização criminosa desfrutassem de uma vida regalada e nababesca”. Ele afirma ainda que o ex-governador, “apesar de tamanha responsabilidade social, optou por agir contra a moralidade e o patrimônio públicos, empenhando sua honorabilidade para seduzir empresários e pessoas de seu relacionamento íntimo, parentes ou não, a falsear operações empresariais e promover atos de lavarem ou branqueamento de valores”.

Por fim, Bretas ressaltou que “ainda que não se possa afirmar que o comportamento deste condenado seja o responsável pela excepcional crise econômica vivenciada por este Estado, é indubitável que os episódios de corrupção tratados nestes autos diminuíram significativamente a legitimidade das autoridades estaduais na busca para a solução da crise atual”.

Em nota, a defesa do ex-governador Sérgio Cabral afirma que “a sentença relativa à operação Mascate choca, não só pela injustiça da condenação, mas por ter sido, das sentenças proferidas até o momento, a que mais se afastou das provas dos autos e a que mais violou direitos e garantias do processo penal e da Constituição da República. O juiz sentenciante acabou se colocando em uma situação de xeque, porque, quando se fatia a mesma causa em vários processos, a primeira condenação acaba condicionando todas as decisões posteriores. Foi o que aconteceu com a causa do ex-governador. Com a primeira sentença condenatória, o juiz acabou se obrigando a condená-lo também em todos os outros processos, já que na primeira sentença ele pré-julgou todos os fatos”.

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