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Estudantes de medicina prestam depoimento após vídeo polêmico

Thaís e Gabrielli disseram ao 14º DP que intenção era comentar caso clínico

Thamirys Andrade - 16/04/2025 15h43 | atualizado em 16/04/2025 16h50

Thaís Caldeiras Soares Fofffano e Gabrielli Farias de Souza Foto: Frame de vídeo / Redes sociais

As estudantes de medicina Thaís Caldeiras Soares Fofffano e Gabrielli Farias de Souza prestaram depoimento à Polícia Civil nesta segunda-feira (14), após serem denunciadas pela família de uma paciente por terem exposto a situação da jovem no TikTok. As alunas se apresentaram ao 14º DP (Pinheiros) e disseram que a intenção ao produzir o vídeo era somente comentar o caso clínico, sem a intenção de ofender.

Thaís e Gabrielli publicaram o vídeo 11 dias antes da morte da paciente, identificada como Vitória Chaves da Silva, de 26 anos. Na gravação, elas expressaram surpresa devido ao fato de a jovem ter recebido três transplantes de coração.

A família de Vitória prestou queixa na delegacia e também denunciou o caso para o Ministério Público, acusando as jovens de injúria por terem sugerido que a paciente precisou realizar sucessivos transplantes por erros cometidos por ela mesma.

Segundo informações obtidas pelo portal Metrópoles, no depoimento às autoridades, Thaís buscou justificar seu comentário de que “essa menina [Vitória] está achando que tem sete vidas”, alegando que tinha como objetivo frisar “tratar-se de uma moça abençoada, algo realmente muito raro”, por ter conseguido três corações na fila de transplante.

Thaís também negou que teve a intenção de “zombar da paciente”, destacando que sequer a conhecia, nem teve qualquer contato com o prontuário. Ela e Gabrielli sustentaram que o caso Vitória foi usado como exemplo por parte dos professores durante o estágio, no Instituto do Coração (Incor).

Gabrielli seguiu a mesma linha argumentativa, e disse ter participado do vídeo como o mero objetivo de “comentar o caso médico” e que “nunca quis ofender ninguém”. Ela ainda afirmou que é comum que as instituições de ensino debatam casos complexos como os de Vitória com os alunos.

– O estágio apresenta esse tipo de caso: o vídeo tinha como objetivo o caso e não a paciente – argumentou.

O 14º DP finalizou o inquérito e apresentou o caso ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), que decidirá ou não se haverá denúncia contra as estudantes. Para o delegado Marco Antônio Bernardo, os autos devem ficar no aguardo do oferecimento da queixa-crime pelo advogado da família da vítima.

Neste fim de semana, as jovens vieram a público por meio de um novo vídeo a fim de dizerem que lamentam a perda da família, e “deixar claro que a intenção jamais foi expor”.

– A única intenção do vídeo foi demonstrar surpresa por um caso clínico raro que tomamos conhecimento dentro de um ambiente de prática e aprendizagem médica – disseram.

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