Paulo Moura - 29/07/2020 07h36

O estudante de veterinária Pedro Henrique Santos foi preso na manhã desta quarta-feira (29), no Guará, Distrito Federal, em cumprimento a um mandado de prisão temporária, com prazo inicial de cinco dias, decretado pela 1ª Vara Criminal do Gama. Pedro foi detido no apartamento onde ele mora com a mãe e o padrasto, um coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, que também são investigados por suposto crime ambiental e ocultação de provas.

O estudante de 22 anos foi picado por uma cobra naja kaouthia, que criava como animal de estimação, apesar da serpente não ser natural de nenhum habitat brasileiro. A suspeita é que o animal tenha sido trazido para o Distrito Federal com uso de uma licença irregular, emitida por uma servidora do próprio Ibama, que já foi afastada do cargo.

Segundo os investigadores, há indícios de que o alvo, juntamente com outros investigados, estaria envolvido em uma associação criminosa responsável, entre outras condutas, pela destruição das provas relacionadas aos crimes ambientais.

Pedro foi picado pela Naja no dia 7 de julho e levado ao Hospital Maria Auxiliadora, no Gama, onde chegou a ficar internado em coma. Assim que foi picado pela serpente, o amigo Gabriel Ribeiro, que também está preso, tentou esconder os animais clandestinos que Pedro criava. A Naja, porém, foi achada perto de um shopping em Brasília e as outras serpentes foram encontradas em uma chácara em Planaltina, também no DF.

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