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Estudante denuncia tentativa de estupro no campus da USP

Parte do campus estava sem energia elétrica

Monique Mello - 10/05/2022 12h34 | atualizado em 10/05/2022 12h48

Halley Becegato é aluna da Universidade de São Paulo (USP) Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Uma estudante da Universidade de São Paulo (USP) sofreu assédio e correu risco de estupro dentro do campus da Cidade Universitária, na Zona Oeste da capital paulista. Halley Becegato, de 25 anos, fez o relato do caso nas redes sociais.

O episódio ocorreu na noite deste domingo (8), quando parte do campus estava sem energia elétrica. A estudante de Astronomia e moradora do Conjunto Residencial da USP (Crusp) se dirigiu ao Instituto de Astronomia por volta das 11 da manhã para estudar e trabalhar. Às 18h15, quando decidiu deixar o local, a Cidade Universitária já estava inteiramente apagada, além de deserta. A distância que ela teria que percorrer era de cerca de dois quilômetros.

– Eu estava sozinha, encontrei no máximo dois funcionários. O caminho foi muito difícil, estava tudo apagado e tentei iluminar alguns trechos com o celular – contou.

De acordo com o relato, enquanto tentava iluminar o caminho com o celular, a estudante sentiu alguém se aproximando. Ela afirmou que um homem apareceu e começou a assediar verbalmente, dizendo coisas como para “aproveitarem o escuro, que ninguém ia ver”.

– Eu nem vi de onde ele veio, só senti alguém próximo a mim. Guardei o celular, abracei a bolsa e passei a andar mais rápido. Ele começou a me chamar, disse para aproveitarmos o escuro, que ninguém ia ver e depois fez uma referência a sentir o pênis dele – expôs.

Tomada pelo pânico, Halley correu em direção à Praça do Relógio, que fica em frente ao Crusp.

– E a guarda da universidade? A polícia militar do campus? Não vi nenhum. Em todo os 2 quilômetros e meio que andei no escuro – relatou.

Quando finalmente encontrou uma base policial, a estudante falou com policiais, mas não obteve a ajuda que ela esperava.

– Falei sobre o ocorrido com os policiais, mas disseram que não poderiam fazer muita coisa, porque eu não saberia reconhecer o homem – disse Halley, que acabou não fazendo registro de ocorrência, mas registrou na Guarda Universitária.

– Fiz um registro na Guarda Universitária, por orientação do reitor e dos professores. Alguns órgãos da USP entraram em contato comigo e pediram para eu fazer o registro, tanto a prefeita do campus, como a superintendente de seguranças – explicou.

A denúncia da estudante nas redes sociais não foi apenas sobre o perigo que sofreu, mas ao aparente descaso da instituição.

– Não é a primeira vez que nos deixam sem luz aos finais de semana. A USP não liga pra gente, nos trata como se estivéssemos fazendo um favor e esquece que quem faz essa m**** de universidade existir é funcionar é a gente. As pessoas que eles humilham todos os dias – desabafou.

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