Esquerda tenta cassar mandato de Nikolas Ferreira, mas sofre derrota
Em sua decisão, juíza afirmou que evidências apontadas pelos partidos eram "frágeis" e “totalmente, sem sintonia com a recente jurisprudência eleitoral"
Henrique Gimenes - 22/06/2021 15h04 | atualizado em 22/06/2021 15h14
Após tentar cassar o mandato do vereador Nikolas Ferreira (PRTB), o PSOL acabou sofrendo uma “dura derrota” na Justiça Eleitoral. A juíza Roberta Chaves Soares, da 29ª Zona Eleitoral, decidiu rejeitar pedido apresentado pelo partido de esquerda falando sobre a existência de candidaturas laranja no PRTB e que o vereador havia se beneficiado “da fraude”. Um pedido semelhante foi apresentado pela Rede Sustentabilidade e também foi negado.
Os partidos afirmaram que os seis candidatos a vereador menos votados pelo PRTB eram mulheres sem despesas eleitorais e que haviam declarado apoio ao candidato Alex Gasparzinho. As legendas apontaram que a “exclusão das candidatas fictícias acarretaria a desaprovação do DRAP, por desrespeito à quota de gênero, o que levaria ao indeferimento do pedido de registro do partido político, e, em virtude desse fato, também não ocorreria a eleição do vereador Nikolas Ferreira de Oliveira, o qual supostamente se beneficiou da fraude”.
Já o vereador afirmou não haver comprovação das denúncias de fraude e pediu que fosse mantida a “soberania popular, uma vez que, sozinho, ultrapassou o valor total do quociente eleitoral”.
A juíza Roberta Chaves Soares concordou com o argumento de Nikolas e impôs uma “derrota” aos partidos de esquerda. Para a magistrada, as evidências apresentadas pela Rede e pelo PSOL era “frágeis” e “totalmente, sem sintonia com a recente jurisprudência eleitoral, a qual exige prova robusta”.
Ela ainda ressaltou que as candidatas citadas na ação dos partidos esclareceram “que suas atitudes ocorreram de forma livre, sem pressão ou ajuste prévio com o PRTB, mas devido a questões de ordem pessoal, doença e/ou falta de perspectiva de sucesso nas urnas, e à falta de recursos financeiros para investirem em suas campanhas. Nesse contexto, os impugnantes não se desincumbiram do ônus de comprovar o ajuste prévio entre os envolvidos, a fraude, ou mesmo a simulação entre as citadas candidatas e o PRTB, ou entre elas e o então candidato Alex Ribeiro, ou ainda entre algum desses e o candidato eleito”.
Em suas redes sociais, Nikolas celebrou a decisão da Justiça e denunciou
– Pois é, o pessoal queria cassar o meu mandato por falar que sou laranja. Saiu aqui na Justiça. Julgado improcedente. Isso aqui é uma tática comum e antiga da esquerda, de querer destruir a imagem e o caráter de uma pessoa com falsas acusações – apontou.
O vereador ainda disse que não irá desistir e zombou dos partidos de esquerda.
– Então isso aqui é um claro exemplo para a gente não desistir e persistir, porque a verdade realmente prevalece. Estamos junto, esquerda. Um forte abraço – disse.
https://youtu.be/6RxY-sCgkbs
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