Esposa acredita na inocência de pastor George Alves
Informação foi dada por junta de advogados que representa a família. Pastor foi acusado de molestar e matar filho e enteado
Henrique Gimenes - 24/05/2018 15h28 | atualizado em 24/05/2018 18h25
Acusado de molestar e matar seu filho e seu enteado, o pastor George Alves é representado por uma junta de advogados voluntários. Nesta quinta-feira (24), o grupo informou à Gazeta Online que a pastora Juliana Salles, esposa de George, acredita em sua inocência.
Com pouco mais de um mês de investigações, a Polícia Civil concluiu que o pastor George matou o filho Joaquim, de 3 anos, e o enteado Kauã, de 6, carbonizados. Segundo o delegado André Costa, responsável pelo caso, os meninos foram agredidos depois de serem abusados sexualmente para ficarem desacordados e não tentarem fugir do fogo.
O crime aconteceu na cidade de Linhares, no Espírito Santo. O homicídio foi motivado exatamente para esconder os abusos.
A mesma junta de advogados que representa o pastor também representa a mãe das crianças. Apesar de o inquérito apontar que ela não teve participação, nem de que de estaria sendo investigada, o grupo informou que está disponível em caso de necessidade. À publicação, a advogada da junta, Milena Freire, criticou o repasse de informações do caso.
– Infelizmente estão acontecendo muitos absurdos nesse processo que, apesar de correr em segredo de Justiça, os delegados e juiz vão à mídia expor toda a família das vítimas – destacou.
George Alves deve responder por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulnerável. As penas máxima somadas chegam a 126 anos.
Nesta quarta-feira (24), o avô materno das crianças informou que a família soube da conclusão do caso pela TV e que Juliana Salles não estava em condições de comentar o crime.
O caso chocou as autoridades a ponto de o chefe da Polícia Civil, Guilherme Daré, declarar que o caso era pior que o da menina Isabella Nardoni, assassinada pelo pai e pela madrasta em 2008.
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