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Alan Boggiss ficou entubado por 11 dias

Pleno.News - 02/07/2020 22h14 | atualizado em 02/07/2020 22h15

Alan Boggiss teve alta de hospital após Covid-19 Foto: Reprodução

Depois de 23 dias de luta contra a Covid-19, Alan Boggiss, de 27 anos, paciente com Síndrome de Down, se despediu nesta quinta-feira (2) do Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, com aplausos dos profissionais da instituição, de amigos e da família.

Alan, que ficou entubado por 11 dias e passou uma quinzena dentro do Centro de Terapia Intensivo (CTI) do hospital, venceu o novo coronavírus. Na saída emocionante da unidade, o jovem carregava um cartaz no qual dizia: “Sorrindo com vida”.

– Eu orei, Deus me ouviu. Venci o coronavírus. Quero comemorar o meu aniversário, no dia oito de julho, com uma festa do Batman – comemorava o rapaz já em casa.

Alan tem as suas próprias definições sobre a doença.

– O coronavírus é uma coisa implicante, muito chata – disse.

Ao lado do filho, a funcionária pública Violeta Boggiss, de 62 anos, diz que sempre acreditou na recuperação de Alan.

– Jamais perdi a minha fé. Contamos com uma rede de solidariedade enorme. Muitas pessoas torceram por ele – contou.

Segundo Violeta, ela e o filho estavam há mais de 90 dias em casa quando o rapaz começou a sentir dores nas pernas e febre. A mãe achou até que Alan estivesse com pneumonia, uma vez que ele sempre apresentou o quadro da doença nessa época do ano. Seguindo a orientação de um médico da família, ele foi para o hospital, e internado no dia 9 de junho.

– Levei para o hospital um Santo Antônio de Pádua que tenho dentro de uma bala de revólver. O Alan pegou um crucifixo para levar com ele. Guardei essas duas coisas comigo o tempo todo. Fiquei junto dele de capote e todo material de proteção necessário, não cheguei a testar positivo para a doença – contou Violeta, que elogiou o cuidado que Alan recebeu dos profissionais de saúde do Pró-Cardíaco.

Coordenador médico da rotina do CTI do Hospital Pró-Cardíaco, Felipe Saddy lembra que alguns casos de síndrome de Down acabam sendo do grupo de risco por apresentarem cardiopatias. No caso de Alan, ele teve o pulmão muito comprometido, sendo necessária a intubação.

– O Alan usou medicamentos anticoagulante e corticoide. Ele já saiu do CTI reabilitado. O Alan brilhou – conta o médico.

Nesta quinta, na saída do hospital, Alan teve um reencontro emocionante com o irmão mais velho, Arthur, 33.

– Pudemos contar com as pessoas que estão no nosso coração e o melhor suporte que poderíamos termos. Muito amor, reza, oração, energia positiva, amparo, riso, choro e apoio de todos os lados. Isso foi essencial para manter a sanidade e a calma – conta Arthur.

O irmão de Alan fez um apelo para que as pessoas fiquem em casa, evitem aglomerações, usem máscaras e mantenham as mãos limpas.

– Somos privilegiados, principalmente, pelo final feliz e meu irmão em casa curado. Infelizmente nem toda história termina assim – desbafou.

*Folhapress

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