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Em novo inquérito, polícia investigará mais 4 pessoas

Pedido do MPRJ acredita que é importante continuar apurando a morte do pastor Anderson do Carmo

Pleno.News - 24/08/2020 17h38 | atualizado em 27/08/2020 15h16

Deputada federal Flordelis e o marido, pastor Anderson do Carmo Foto: Reprodução

A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí abriu um novo inquérito, a pedido do Ministério Público estadual (MPRJ). O objetivo é apurar a suspeita de envolvimento de outras pessoas na morte do pastor Anderson do Carmo, além de investigar outras tentativas de assassinato que a vítima teria sofrido.

Segundo o jornal Extra, quatro pessoas são alvo da nova investigação: o motorista de Flordelis e pré-candidato a vereador Márcio da Costa, Buba; o pastor Gerson Conceição Oliveira; Lorrane Oliveira Santos, que é uma das netas da parlamentar; e uma empregada da casa da deputada.

Embora não tinham sido encontrados indícios suficientes que comprovem o envolvimento dessas quatro pessoas no crime, o MP acredita que é importante continuar com as apurações.

DEPUTADA INDICIADA
A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público estadual (MPRJ) iniciaram na manhã desta segunda-feira (24) uma operação, intitulada de Lucas 12, com o objetivo de prender os envolvidos na morte do pastor Anderson do Carmo, assassinado com mais de 30 tiros no dia 16 de junho de 2019.

Para os investigadores, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), viúva do pastor, é a mandante do crime. A parlamentar, porém, não pôde ser presa em razão da imunidade parlamentar. Ao todo, seis pessoas foram presas na ação desta segunda: cinco filhos do casal e uma neta.

TENTATIVAS DE ENVENENAMENTO
De acordo com a polícia, Flordelis teria tentado envenenar Anderson ao menos quatro vezes antes de ele ser assassinado. Em sua conclusão, o inquérito ainda apontou que Anderson foi morto por questões financeiras e poder na família, já que ele controlava todas as finanças do Ministério Flordelis.

A deputada vai responder por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso. Pelo envenenamento, ela responderá por tentativa de homicídio.

Ao todo, os policiais saíram para cumprir 17 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo. Um dos endereços é a casa da deputada, local do crime, no bairro de Pendotiba, em Niterói, na Região Metropolitana do RJ. O apartamento funcional da deputada, em Brasília, também foi alvo de buscas.

O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do dia 16 de junho de 2019, na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.

Dois filhos da pastora, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos, de 38, estão presos desde o dia 17 de junho de 2019, um dia após o crime. Eles foram indiciados pela morte do pastor. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.

Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.

Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.

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