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Em entrevista, irmã do pastor Anderson fala sobre o caso

"A única coisa que eu quero é justiça", disse Michele do Carmo de Souza à Record TV

Ana Luiza Menezes - 26/06/2019 17h57 | atualizado em 27/06/2019 00h35

Michele do Carmo de Souza e o advogado Angelo Máximo Foto: Reprodução

A irmã do pastor Anderson do Carmo de Souza, Michele do Carmo de Souza, deu uma entrevista exclusiva para o programa Cidade Alerta, da Record TV. Ao lado de seu advogado, Angelo Máximo, ela respondeu a perguntas sobre o assassinato de seu irmão, que aconteceu no último dia 16.

Michele afirmou que prefere se calar e não acusar a deputada federal Flordelis, nem os filhos da parlamentar que, segundo a polícia, são suspeitos. Ela torce apenas para que o crime seja solucionado.

– Não tenho prova alguma contra ela e nem sou ninguém para julgá-la. Então, eu espero as investigações, pois se ela tiver alguma coisa com a morte do meu irmão, vai vir à tona e muitas coisas vão cair. Não posso afirmar para não me prejudicar e nem prejudicá-la – disse.

O repórter perguntou ainda o que o coração dela ‘dizia’ como irmã da vítima. Michele questionou apenas o que teria provocado a morte.

– Só a única coisa que falo é que se o filho dela, Flavio dos Santos, fez isso, que assuma e entregue tudo porque meu irmão já está morto. O que eles querem com isso? Matou meu irmão por que, por causa de dinheiro, vingança? Traição não foi. Isso eu tenho certeza que não foi porque onde estava ela estava ele. Todas as fotos que postavam dela estavam com ele e meu irmão era muito apaixonado – declarou.

A irmã do pastor lamentou a tragédia, que abalou sua família, e pediu justiça.

– Eu fico triste. Fico mais chateada pela minha mãe, que tem 65 anos. Meu pai tem 79 anos. Eles não aguentaram ficar aqui porque todo dia está passando a notícia no jornal e lá onde eles moram é mais tranquilo. Eu disse para ela ir. Já se passou uma semana e em momento algum ninguém procurou a minha mãe para poder dar uma satisfação. Ninguém acolheu minha mãe aqui no enterro. A única coisa que eu quero é justiça porque quem fez isso com ele vai ter que pagar – falou.

Segundo o jornal Extra, Michele era aguardada, na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, para prestar depoimento, na tarde desta quarta-feira (26). Por morarem em São Paulo, os pais de Anderson não devem ser ouvidos pelos agentes que apuram o caso.

O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada de domingo (16) na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.

Dois filhos da pastora estão presos preventivamente, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.

Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.

Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.

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