Leia também:
X Equipe de afiliada da Globo é assaltada durante gravação

Doria manda recolher apostila com “ideologia de gênero”

Material era destinado a alunos do 8º ano do ensino fundamental de São Paulo

Henrique Gimenes - 03/09/2019 14h26 | atualizado em 03/09/2019 15h23

Governador de São Paulo, João Doria Foto: PR/Marcos Corrêa

Nesta terça-feira (3), o governador de São Paulo, João Doria informou, em suas redes sociais, que determinou o recolhimento de um material escolar envolvendo “ideologia de gênero”. O texto faz parte de uma apostila para alunos do 8º ano do ensino fundamental falando sobre diversidade sexual.

Em sua conta do Twitter, Doria classificou o episódio de um “erro inaceitável”.

– Fomos alertados de um erro inaceitável no material escolar dos alunos do 8º ano da rede estadual. Solicitei ao Secretário de Educação o imediato recolhimento do material e apuração dos responsáveis. Não concordamos e nem aceitamos apologia à ideologia de gênero – escreveu.

Em nota, a Secretaria de Educação de São Paulo informou que tomou conhecimento do material nesta segunda-feira (2) e que o tema “identidade de gênero está em desacordo com a Base Nacional Comum Curricular, aprovada em 2017 pelo Ministério da Educação e também com o Novo Currículo Paulista, aprovado em agosto de 2019”. Além disso, o órgão também informou que irá iniciar a “apuração da responsabilidade pela aprovação do conteúdo”.

Trecho da apostila Foto: Reprodução

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, também comentou o episódio em suas redes sociais.

– Recebi ontem um alerta sobre este material com ideologia de gênero. É a segunda vez esta semana que acompanhamos a retirada desse tipo de material. Importante a participação da sociedade em qualquer assunto que coloque em risco nossas crianças – apontou.

Veja a nota da Secretaria de Educação:

Nesta segunda-feira, a Secretaria da Educação tomou conhecimento de que os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental (menos de 10% da rede) receberam as apostilas de ciências do São Paulo Faz Escola em que consta conteúdo impróprio para a respectiva idade e série e em desarranjo com as diretrizes desta gestão. Diante disso, a Seduc-SP esclarece:

1- O tema de “identidade de gênero” está em desacordo com a Base Nacional Comum Curricular, aprovada em 2017 pelo Ministério da Educação e também com o Novo Currículo Paulista, aprovado em agosto de 2019. Assim, o assunto extrapola os dois documentos, que tratam do respeito às diferenças e à multiplicidade de visões da nossa sociedade.

2- A Secretaria da Educação iniciou imediatamente o recolhimento dos exemplares das escolas, nesta terça-feira, dia 3, assim como a apuração da responsabilidade pela aprovação do conteúdo.

3- As apostilas do São Paulo Faz Escola são elaboradas por servidores da rede estadual, desde 2009, que se utilizaram das fontes abertas que dispunham, no caso, de manual do Ministério da Saúde.

4- Não houve prejuízo material para a secretaria, uma vez que trata-se da apostila complementar referente apenas ao 3º bimestre, além de se tratar de apostila consumível, ou seja, que já não seria reaproveitada por outros alunos.

5- As apostilas são material complementar de apoio ao currículo e seu uso fica a critério de cada professor.

6- A Seduc-SP decidiu reestruturar todo o processo de produção das apostilas e já está contratando serviço de revisão externa para todos os materiais.

Leia também1 Bolsonaro pede projeto de lei que proíbe ideologia de gênero
2 Prefeitura nega cartilha que aponta escândalo em creche

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.