Dodge defende prisão de Pezão um mês antes do fim do foro
Por ser governador em atividade, ele irá responder com foro privilegiado
Camille Dornelles - 29/11/2018 09h34 | atualizado em 29/11/2018 09h37
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se manifestou sobre a prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, nesta quinta-feira (29). Ela defendeu a detenção um mês antes do fim de seu mandato e do foro privilegiado.
Ela afirmou que os crimes sob os quais Pezão é acusado continuavam em curso desde as primeiras infrações, quando era vice-governador de Sérgio Cabral, e, por isso, deveria ser preso o quanto antes.
– Um dos crimes em curso é o de organização criminosa. Esta organização criminosa continua atuando, principalmente na lavagem de dinheiro, que acontece após o crime de corrupção para ocultar ou dissimular onde o dinheiro desviado está. Segundo as investigações, esse crime continua a ser feito. É igualmente grave, porque o dinheiro continua na posse de quem desviou, prejudicando os órgãos públicos. Assim, entendemos que era o momento de fazer o pedido de prisão preventiva – defendeu.
Dodge também afirmou que a PGR fez o pedido do mandado para a Polícia Federal para poder garantir a ordem pública e das instituições.
– Segundo a lei, a garantia da ordem pública é uma das causas que autorizam prisão preventiva. A PF entendeu que era o modo necessário para deferir uma resposta do sistema de Justiça sobre a gravidade dos crimes que ainda estão em curso – afirmou.
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