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Documento de Raquel Dodge detalha esquema de Kassab

PGR afirmou, em documento ao STF, que ele recebeu R$ 30 milhões em propinas

Camille Dornelles - 19/12/2018 10h47 | atualizado em 19/12/2018 11h02

O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, é alvo de investigações Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, detalhou as suspeitas da PGR a respeito do esquema ilícito que envolve o ministro Gilberto Kassab. Nesta quarta-feira (19), seu imóvel em São Paulo foi alvo de um mandado de busca e apreensão.

De acordo com o documento, executivos da empresa JBS repassaram R$ 58 milhões para a conta do ministro, sendo que R$ 30 milhões ficaram com ele e R$ 28 milhões foram repassados para seu partido, o PSD.

O Partido dos Trabalhadores também é citado no documento da PGR.

– Em razão do referido negócio, a JBS, com autorização do PT, teria realizado pagamentos na ordem de R$ 28 milhões ao Diretório Nacional do PSD para as campanhas políticas do deputado federal Fábio Faria e do seu pai, o governador do estado do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, bem como diretamente para Gilberto Kassab – aponta.

Os pagamentos foram feitos de forma fracionada a partir do ano de 2009, quando Kassab era prefeito de São Paulo. A PGR aponta, porém, que as propinas continuaram ao longo dos anos.

– Parte dos pagamentos relatados coincidem com o exercício atual do cargo de ministro de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, por parte de Gilberto Kassab, cuja nomeação ao referido cargo ocorreu em 12 de maio de 2016 – aponta o inquérito.

O documento de Dodge foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e resultou nos mandados de busca e apreensão. Além do ministro, seu irmão, Renato Kassab, também é investigado.

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