Rafael Ramos - 25/10/2019 11h43

A Polícia Civil levantou novas hipóteses sobre a morte da adolescente Lorrana Madalena da Luz Manoel, de 14 anos. Ela teria sofrido uma parada cardíaca após ter comido um pirulito que ganhou de uma estranha no trem.

Os investigadores da 64ª DP, de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, fizeram uma perícia, nesta quinta-feira (24), na barraca de sanduíches da família. Após diversos depoimentos, a polícia descobriu que a jovem tomou remédios, chá fitoterápico e comeu um sanduíche antes de morrer. Eles querem saber se houve algum tipo de procedimento irregular que possa ter levado a jovem a óbito.

– Uma bala não caberia uma quantidade de veneno para matar uma pessoa. E caso houvesse, de fato o material na bala, ela teria tido uma morte instantânea. A criança morreu horas depois. Estamos investigando se ela comeu alguma coisa a noite e se isso causou a morte – disse um investigador.

A mãe de Lorrana, Gisele José, de 32 anos, precisou ser amparada por parentes. Ela garante que a filha foi envenenada dentro do trem do Ramal Saracuruna e pediu para a polícia identificar e punir a pessoa responsável. O corpo de Lorrana será enterrado hoje, às 14h, no Cemitério Tanque do Anil, em Duque de Caxias.

– Eu só quero a minha filha de volta. Eu não aceito o que fizeram. Foi uma vida interrompida. Tem que investigar quem foi essa pessoa. Olha o meu sofrimento, olha o sofrimento da minha família – afirmou Gisele.

De acordo com o perito legista aposentado Levi Inimá de Miranda, uma bala não poderia ter matado a menina. Uma grande quantidade de veneno na bala teria alterado o sabor do doce. Ele também acredita que veneno de rato causaria a morte em questão de minutos.

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