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Diretores da Anvisa são alvos da PF por fraudes no governo Dilma

Agentes apuram se há envolvimento de diretores da agência em esquema de entrega de medicamentos obtidos com verba pública

Paulo Moura - 30/11/2021 10h15 | atualizado em 30/11/2021 10h24

Fachada do edifício sede da Anvisa Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo

Uma operação da Polícia Federal (PF), realizada nesta terça-feira (30), apura fraudes que envolvem a entrega de medicamentos de alto custo adquiridos com dinheiro público. A ação, que tem como alvos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e um escritório de advocacia de São Paulo, chegou a cumprir mandados na sede da entidade governamental em Brasília.

No total, são cumpridos oito mandados de busca em São Paulo e no Distrito Federal, expedidos pela 12ª Vara Federal Criminal de Brasília, na ação batizada de Rarus. Os trabalhos investigam possíveis fraudes que envolvem a entrega de medicamentos adquiridos com verba pública a pessoas portadoras de doenças raras por meio de ações judiciais.

As investigações indicam que, entre os anos de 2015 e 2018, nos governos da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Michel Temer, as ações judiciais eram patrocinadas por uma indústria farmacêutica que se valia da associação de pacientes para induzir médicos a prescreverem produtos. De acordo com a coluna Na Mira, do site Metrópoles, a associação é o Instituto Vidas Raras, que fica em São Paulo.

Os agentes apuram, inclusive, a existência de pacientes que sequer possuíam a indicação médica para o uso de tais medicamentos e se há envolvimento de dirigentes da Anvisa em atos de corrupção. Por conta disso, agentes fazem buscas na sede da Agência, em Brasília, e em sete endereços ligados ao esquema, em São Paulo.

As empresas investigadas são a Shire Farmacêutica Brasil Ltda, adquirida recentemente por uma gigante japonesa, a Aegerion Brasil Comércio e Importação de Medicamentos Ltda, e a Biomarin Brasil Farmacêutica. Os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional. As penas previstas variam de 12 a 18 anos de prisão.

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