Diretora ia conversar com aluno no dia do crime, diz secretário
Agressor tinha participado de discussão na escola na última sexta-feira
Pleno.News - 28/03/2023 14h02 | atualizado em 28/03/2023 14h16

A polícia de São Paulo vai investigar se outras pessoas ajudaram o adolescente de 13 anos a cometer o ataque na Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, na Zona Oeste da capital paulista. O menino chegou a dizer no Twitter o que faria e que seria nesta segunda-feira (27).
De acordo com o secretário de Segurança do Estado, Guilherme Derrite, outros ataques em escolas de São José dos Campos, Caçapava e Tupã, todas no interior do Estado, foram impedidos este mês pela polícia, que agiu antes dos agressores.
Pesquisas internacionais mostram que há até três casos de violência em escolas após um primeiro ser divulgado.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo anunciou que já iniciou um processo de contratação de 150 mil horas de psicólogos para atender a rede de ensino de forma presencial durante um ano. Desde a pandemia, os atendimentos psicológicos são feitos remotamente. Desde 2019, uma lei federal diz que as escolas da rede pública do país devem ter serviços de psicologia.

Segundo a secretaria, o agressor já tinha sido transferido para outra escola, em Taboão da Serra, e voltou no início deste mês para a Thomázia Montoro, na Vila Sônia. O secretário Renato Feder informou que ele já tinha um histórico de violência e que essa teria sido a razão das transferências, mas evitou dar detalhes.
Colegas falaram que na semana passada, o agressor havia se envolvido em discussões, com acusações de cunho racista a outro aluno, durante a aula da professora Elisabete Tenreiro, que foi morta a facadas. Questionado como a escola agiu para mediar os conflitos entre o agressor e outros estudantes, Feder disse que a diretora pretendia conversar nesta segunda com o menino.
– Ela me disse que a briga foi sexta-feira e ela tinha marcado para conversar com ele hoje [segunda-feira] – afirmou o secretário.
*AE
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