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“Dia da minha vitória”, diz mãe de Lucas Terra sobre condenação

Pastores foram condenados a 21 anos de prisão pela morte do adolescente

Paulo Moura - 28/04/2023 11h47 | atualizado em 28/04/2023 12h43

Lucas Terra Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A mãe do adolescente Lucas Terra, Marion Terra, comemorou o resultado do julgamento dos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido, condenados a 21 anos de prisão pela morte do jovem. Lucas foi queimado vivo e teve o corpo abandonado em um terreno baldio em Salvador, capital da Bahia, em março de 2001. O júri que decidiu a condenação acabou nesta quinta-feira (27).

Ao portal G1, Marion falou da emoção após o fim do julgamento e se lembrou do pai de Lucas, Carlos Terra, que travou uma batalha incessante por anos para que os acusados pelo crime fossem julgados. Carlos morreu em 2019 por uma parada respiratória em decorrência de uma cirrose hepática.

– Hoje [quinta (27)] foi o dia da minha vitória. Eu quero agradecer a todos da imprensa, que incansavelmente nunca se calaram, nunca foram omissos, sempre foram a nossa voz (…). Estou muito emocionada, muito mesmo, pelo Carlos, pelo Lucas. Depois de 22 anos, essa é a justiça que eu tanto esperava, que eu queria. Eu queria vê-los condenados – disse.

Antes de morrer em 2019, Carlos escreveu um livro chamado Lucas Terra – Traído pela Obediência, obra na qual falava sobre a trajetória do filho e da busca por justiça. Em um blog criado em 2011, amigos da família de Lucas Terra chegaram a transcrever uma lista de todos os órgãos, nacionais e internacionais, onde Carlos buscou ajuda.

Um dos protestos mais famosos realizados por Carlos aconteceu em 2012, quando ele acampou na frente do Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, para cobrar celeridade da Justiça. Carlos também chegou a cursar até o 8° semestre de Direito em uma faculdade de Salvador para entender as leis e ajudar na acusação dos pastores quando o julgamento fosse marcado.

O julgamento, que resultou na sentença proferida pela juíza Andréia Sarmento, aconteceu mais de 22 anos após a morte do jovem. Os pastores responderam pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Na época do crime, Lucas Terra tinha 14 anos e teria sido morto após flagrar uma relação sexual entre Joel e Fernando. O garoto também teria sido estuprado.

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