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Detentas mudam versões sobre “atos libidinosos” de Monique

Cintia Gomes e Elaine Lessa resolveram mudar as declarações dadas inicialmente na apuração sobre o caso

Paulo Moura - 10/03/2022 15h36 | atualizado em 10/03/2022 16h00

Monique Medeiros durante audiência em fevereiro Foto: TJRJ/Brunno Dantas

Duas colegas de cela de Monique Medeiros, presa desde abril do ano passado acusada de participação na morte de seu filho, Henry Borel, mudaram as versões narradas à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro sobre os supostos atos libidinosos praticados entre a professora e um advogado dentro da cadeia. As informações são do portal G1.

De acordo com a publicação, as duas detentas que mudaram as versões apresentadas inicialmente foram Cintia Gomes de Oliveira e Elaine Lessa. No depoimento, dado na segunda-feira (7), Cintia alegou ter diabetes e sofrer de “momentos de descompensação” para mudar a versão. Em sua nova fala, ela disse não se lembrar de nenhum ocorrido envolvendo Monique e seus advogados.

Em outro ponto do depoimento, Cintia disse também não saber de qualquer ameaça sofrida pela professora enquanto o grupo de sete presas estava na cela K do Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Também no dia 7 de março, Elaine Lessa, outra presa a mudar o relato no âmbito da investigação, disse não saber de qualquer ameaça sofrida por Monique na cela e acrescentou que foi a detenta Fernanda de Almeida, conhecida como “Fernanda Bumbum”, quem acusou a professora de manter relações íntimas com um dos advogados dela na penitenciária.

Segundo a nova versão apresentada por Elaine, durante uma discussão entre Monique e Fernanda, ela ouviu Fernanda dizer que a professora teria mostrado os seios para o advogado e ele teria se masturbado.

VERSÃO DE MONIQUE
Monique afirmou em dois depoimentos, nos dias 16 de fevereiro e 3 de março, que não teve qualquer relação com um de seus advogados. Na primeira vez em que foi ouvida, ela declarou que “nunca saiu da cela sem sutiã” ou com “roupas inapropriadas” e alegou que isso seria impossível por causa da fiscalização de guardas penitenciários.

Ainda no dia 16, Monique afirmou que o relato de “Fernanda Bumbum”, uma das presas que a acusou de ter praticado os atos libidinosos, teria como objetivo “manchar a imagem” dela. Na segunda vez em que foi ouvida, no dia 3 de março, Monique apenas reforçou que as alegações de Fernanda eram “absurdas e mentirosas”.

DENÚNCIAS CONTRA MONIQUE
Inicialmente, seis detentas que ficaram presas com Monique Medeiros no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte do Rio, relataram que a mãe do menino Henry Borel teria confessado a prática de “atos libidinosos” com um advogado dentro da cadeia. Uma das reclusas que narrou o suposto ato entre Monique e um advogado foi “Fernanda Bumbum”.

Em seu relato, Fernanda disse que Monique teria usado “roupas inadequadas” na visita de um advogado, e acrescentou que as outras presas da cela poderiam confirmar a versão. A presidiária também disse que, segundo Monique, o advogado era “apaixonado por ela” e faria de tudo para que ela deixasse a cadeia.

O fato relatado pelas presidiárias passou a ser investigado pela Seap e um procedimento disciplinar foi aberto pela pasta. No início, a apuração ficou a cargo da Comissão Técnica de Classificação (CTC) da secretaria, mas no último dia 8 de março a investigação passou a ser feita pela Corregedoria da Seap.

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