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Desabamento: Governo volta atrás e não confirma mortes

Informações iniciais falavam em pelo menos uma vítima fatal

Gabriela Doria - 15/10/2019 19h57 | atualizado em 15/10/2019 19h59

Prédio desabou em bairro nobre de Fortaleza Foto: EFE/Jarbas Oliveira

Após anunciar que o desabamento de um prédio residencial em Fortaleza, na manhã desta terça-feira (15), deixou uma pessoa morta, o Corpo de Bombeiros voltou atrás e disse que ainda não há vítimas fatais.

Eduardo Holanda, comandante do Corpo de Bombeiros do Ceará, disse que não há mortos até o momento, ao contrário do que a própria corporação e o governo do estado haviam informado anteriormente. Segundo Holanda, nove pessoas foram resgatadas com vida e outras nove estão desaparecidas, com base em relato de familiares.

– Vamos continuar trabalhando até que todos sejam encontrados. Estamos trabalhando num primeiro momento manualmente, procurando pelas frestas e tentando contato com as vítimas. Maquinário pesado só entra depois das primeiras 24 horas – disse Holanda.

Ainda segundo ele, não há crianças entre os resgatados e entre os reclamados. Ao menos um cachorro também foi resgatado.
Holofotes chegaram ao local para que as buscas continuem durante a noite desta terça-feira (15).

Um estabelecimento comercial ao lado foi atingido pelos escombros, além de carros e um caminhão que estavam na rua. Um homem que ficou preso no mercadinho atingido foi resgatado e encaminhado a um hospital.

No local do desabamento, Glaucio Sampaio, tio de um dos resgatados com vida, disse que os moradores reclamavam das condições do edifício

– O pessoal reclamava que estava tudo corroído no prédio, que poderia acontecer algo. Graças a Deus meu sobrinho saiu com vida – afirmou.

As ruas no entorno foram bloqueadas pela polícia. O Corpo de Bombeiros pediu para que vizinhos deixassem seus imóveis, devido aos riscos de explosão por conta de vazamento de gás e de choque dos fios de energia elétrica.

Os familiares estão sendo levados para uma casa próxima quando chegam ao local do desabamento. Todos estão concentrados no imóvel à espera de informações, com acompanhamento de psicólogos.

Helicópteros foram levados para a região para deslocamento mais rápido de outros moradores feridos, assim como ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Ainda não há informação do que pode ter causado a queda do prédio, que fica a três quilômetros da praia de Iracema, um dos tradicionais pontos turísticos da capital cearense.

O governador Camilo Santana (PT) lamentou a tragédia e disse por meio das redes sociais que colocou toda a força operacional do estado no socorro às vítimas. O petista, que estava chegando a Brasília para cumprir agendas, cancelou os encontros e voltará para Fortaleza para acompanhar o resgate.

– Além das ações efetivas das nossas forças de segurança, façamos uma corrente de oração para que as vidas sejam salvas – escreveu.

PRÉDIO DA DÉCADA DE 90
A construção do edifício que desabou é dos anos 1990, segundo a Prefeitura de Fortaleza. O prefeito Roberto Cláudio (PDT) disse que irá pedir uma investigação rígida das causas e acompanhará o caso pessoalmente.

– A única informação que temos até o momento é que era um prédio antigo, mas não temos nenhuma informação específica a respeito de licença, de alvará, de habite-se. Tudo ainda na fase da especulação. Isso é outra fase, agora é concentração de esforços para resgatar as vítimas que ainda se encontram nos escombros – afirmou.

*Folhapress

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