Pleno.News - 07/10/2025 15h57 | atualizado em 07/10/2025 19h14

O deputado estadual Giovanni Ratinho (Solidariedade-RJ) e seu filho, o vereador Giovanni Ratinho Júnior, afirmaram que um repórter e uma produtora da TV Globo ajudaram um ex-funcionário da emissora em tentativas de extorsão contra políticos do Rio de Janeiro. A Globo negou qualquer irregularidade e declarou que confia em seus profissionais.

As acusações envolvem o repórter Guilherme Peixoto, a produtora Márcia Brasil e Júlio César de Oliveira, preso na semana passada após pedir R$ 10 mil ao deputado Alexandre Knoploch (PL-RJ) para não ser citado em uma reportagem sobre um suposto esquema criminoso.

Júlio estava afastado por licença médica da Globo desde 2023 e foi dispensado após as denúncias.

Segundo o depoimento de Giovanni Ratinho Júnior à Polícia Civil, o ex-funcionário teria procurado o vereador em março oferecendo serviços para melhorar a imagem do pai em telejornais da emissora. Em julho, houve um encontro entre Júlio, Ratinho Júnior, Peixoto e Márcia.

O vereador afirmou que recusou a proposta e, após reportagens negativas sobre seu pai irem ao ar, Júlio teria voltado a procurá-los pedindo R$ 300 mil para evitar novas matérias. O pagamento não foi feito.

A Globo informou, em nota, que a reportagem exibida seguiu seus princípios editoriais e que “todos os esclarecimentos necessários serão prestados às autoridades”. A emissora disse ainda que uma apuração interna mostrou que os jornalistas participaram da reunião apenas para ouvir o outro lado antes da publicação da matéria.

Os dois profissionais prestaram depoimento como testemunhas e seguem sendo defendidos pela empresa no inquérito. Em suas redes sociais, Giovanni Ratinho afirmou que “o jornalismo é fundamental para a democracia” e cobrou explicações da emissora ao Parlamento e à sociedade. As informações são da Folha de S.Paulo.

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