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Deputada do PSOL quer apurar morte dos 26 criminosos: ‘Grave’

Parlamentar questiona "necessidade" de execução por parte da Polícia de Minas Gerais

Monique Mello - 03/11/2021 13h48 | atualizado em 03/11/2021 14h21

Armamento foi apreendido em ação contra o novo cangaço, em Minas Gerais Foto: Divulgação/PMMG

A deputada Andreia de Jesus (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), cobrou que sejam apuradas as 26 mortes na Operação conjunta da PMMG e PRF contra uma quadrilha de assaltantes de bancos.

Os supostos criminosos mortos são suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em assaltos, do chamado “novo cangaço”. De acordo com a Polícia, a quadrilha planejava um roubo de R$ 65 milhões num centro de distribuição de dinheiro da cidade.

A parlamentar classificou o episódio como “lamentável” e solidarizou-se com as famílias dos criminosos.

– É lamentável. Me coloco no lugar das mães que hoje choram [por] seus filhos. Operação exitosa não deixa óbitos – declarou.

De acordo com a deputada, a Comissão dos Direitos Humanos fez um pedido para que a corregedoria da PM investigue a ação, assim como o Ministério Público e a Ouvidoria externa do MP.

A psolista defende que a polícia agiu errado ao não procurar preservar a vida dos meliantes. De acordo com ela, não havia a “necessidade” de a operação terminar com 26 óbitos.

– Eu considero gravíssimo que uma operação policial, que tem como finalidade prevenir crimes, impedir que a criminalidade avance, não seja exitosa e leve a óbito 26 pessoas. A abordagem não observou o protocolo de Direitos Humanos, que estabelece que, em primeiro lugar, deve-se preservar a vida das pessoas. A polícia precisou matar 26 pessoas – comentou.

Deputada Andreia de Jesus (PSOL) Foto: Guilherme Bergamini /ALMG

– Não sabemos ainda as circunstâncias que levaram a esse número grande de mortos, se houve troca de tiros, confronto, tudo isso a polícia ainda irá investigar. Aliás, causa estranhamento que a Polícia Civil não tenha participado da operação, porque é essa integração que garante êxito. Agora, ela está incumbida de fazer os exames periciais para saber se houve confronto e se houve uso de força desnecessária – completou.

PM REBATE CRÍTICAS
O chefe de jornalismo da Polícia Militar de Minas Gerais, tenente-coronel Flávio Santiago, disse que as críticas refletem desconhecimento de questões operacionais envolvendo “quadrilhas de alto índice de beligerância”. Ele citou a apreensão de armas de guerra – como uma .50 com poder de fogo contra tanques e blindados –, além mais de cinco mil munições.

– São pessoas que não se entregam, utilizam às vezes até cocaína e outros alucinógenos para aumentar a capacidade de enfrentamento – justificou o tenente-coronel.

Para ele, sugerir que a ação teve indícios de execução e “analisar um fato desse numa mera matemática de equilíbrio é infame”.

Santiago diz que a ausência de policiais feridos se deve ao fato de que o elemento surpresa estava com a corporação.

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