Delegada não vê racismo no caso de homem morto em Carrefour
João Alberto Silveira Freitas foi espancado por seguranças e morreu por asfixia, de acordo com laudo
Henrique Gimenes - 20/11/2020 19h25 | atualizado em 20/11/2020 20h29
A delegada responsável por investigar a morte do homem que foi espancado por seguranças em um Carrefour de Porto Alegre (RS) disse que, até o momento, não há indicativos de racismo no crime. A afirmação foi feita por Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, ao jornal O Estado de S. Paulo.
– Até este momento, não deslumbramos nada de cunho racial. Não temos nenhum indicativo por essa motivação – explicou.
O primeiro resultado da necropsia realizada pela perícia indicou que João Alberto Silveira Freitas morreu por asfixia.
De acordo com a Brigada Militar, o espancamento começou após um desentendimento entre João Alberto e uma funcionária do Carrefour na noite de quinta-feira (19). A vítima teria ameaçado bater na funcionária, que acionou a segurança da loja.
Os dois suspeitos pelo crime foram presos em flagrante. Um deles é policial militar e foi levado para um presídio militar. O outro trabalhava como segurança do supermercado e está em um prédio da Polícia Civil.
A investigação trata o crime como homicídio qualificado. A Polícia Civil informou que os nomes dos seguranças presos são Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva.
Em nota, o Carrefour lamentou o caso e disse que tomou providências para que os responsáveis sejam punidos legalmente.
Vídeo registrado no Carrefour Porto Alegre. O homem negro espancado até falecer. Tudo isso no DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA. Esse é o Brasil que se comove com George Floyd e não percebe que essa merda acontece TODO DIA aqui pic.twitter.com/hbiRnhcbqL
— Matt (@ervamatte) November 20, 2020
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