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Defesa: Monique foi ao salão por arrancar cabelo por “desespero”

Advogados da mãe de Henry Borel alegaram que a professora arrancou tufos de cabelo por conta do nervosismo após a morte do filho

Paulo Moura - 19/04/2021 09h55 | atualizado em 19/04/2021 10h10

Monique Medeiros ao ser presa Foto: Agência O Globo/Brenno Carvalho

A nova equipe de defesa da mãe de Henry Borel, Monique Medeiros, afirmou que a professora foi ao salão de beleza, no dia seguinte ao sepultamento do filho, pois arrancava tufos de cabelo por nervosismo. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

– Monique ficou desesperada; arrancou os cabelos porque tem mega hair. Foi esse o motivo de ela ter ido ao salão no dia seguinte. Ela não tinha como se apresentar daquela forma – informou o advogado Hugo Novais.

Gravações do salão de beleza mostraram Monique no local, onde, no entanto, ela não fez apenas a manutenção do mega hair. As mensagens trocadas entre Monique e a atendente do salão mostram que a professora ainda pagou pelos serviços de pedicure: R$ 39; manicure: R$ 35; conserto (de unha de acrigel): R$ 27; e tratamento: R$ 139, totalizando R$ 240.

Na conversa, a atendente se desculpa por ter cobrado um valor inferior e pede que Monique transfira, por PIX, os R$ 40 que faltaram. A mãe de Henry, então, responde: “Sem problemas. Vou passar aí.” Foi nesse mesmo local em que, no dia 12 de fevereiro, quase um mês antes da morte do menino, Monique recebeu uma videochamada do filho falando que havia sido agredido.

Segundo as profissionais que realizavam os procedimentos no salão, a criança disse frases como “mamãe, eu te atrapalho?” e “mamãe, o tio disse que eu te atrapalho” e pediu que a mãe retornasse para casa, a cinco minutos de distância do estabelecimento. Na ocasião, Monique realizava os procedimentos de hidratação e escova do cabelo, além de embelezamento de pés e mãos.

Antes da chamada de vídeo, a babá de Henry, Thayna de Oliveira Ferreira, já havia relatado à mãe da vítima as agressões do padrasto contra o menino no dia. Após a conversa, Monique pediu que Thayna apagasse as mensagens, no caso de Jairinho olhar o celular.

Segundo as atendentes do salão, a professora ainda recebeu uma ligação de outra pessoa, para a qual disse “você nunca mais fale que meu filho me atrapalha, porque ele não me atrapalha em nada” e “quebra, pode quebrar tudo. Você já está acostumado a fazer isso”. A mulher disse na ligação: “Você não vai mandar ela embora, porque se ela for embora, eu vou junto”.

Logo após a ligação, Monique perguntou às profissionais onde poderia comprar uma câmera de segurança no shopping. No apartamento do casal, os policiais encontraram um aparelho de vigilância, ainda fechado, na caixa.

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