Defesa diz que Passamani sofre conspirações contra sua imagem
Suspeito de assédio, pastor foi preso quando chegava para participar de louvor no bairro Jardim Goiás
Thamirys Andrade - 05/04/2024 10h09 | atualizado em 08/04/2024 18h54

Após o pastor Davi Passamani ser preso nesta quinta-feira (4) sob suspeita de crimes sexuais, sua defesa afirmou que a detenção faz parte de “conspirações” que visam destruir a imagem do líder cristão. O advogado Leandro Silva também falou em “investida ilegítima” mirando a ruína financeira do pastor e o impedimento de sua prática religiosa.
– Ressalte-se que Davi Passamani nunca foi condenado criminalmente por tipo penal de assédio sexual e a defesa nega tais acusações. Reafirma-se, mais uma vez, que tudo não passa de uma conspiração para destruição de sua imagem e investida ilegítima de seu patrimônio, ruína financeira, bem como o impedimento de qualquer prática religiosa. No momento estratégico adequado, seus conspiradores, todos eles, serão representados e seus nomes divulgados – assinalou Silva.
O advogado ainda relatou que a autoridade da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher o informou verbalmente que o motivo da prisão seria o fato de Passamani estar “presente em louvores” e que isso representaria “risco à sociedade de ocorrência de possíveis novas vítimas de assédio”.
– Indagada se era somente isso, ela disse que sim. Porém, se negou a entregar a cópia da decisão judicial que fundamentou a prisão, embora tenha certificado sua negativa. (…) A defesa desconhece qualquer ordem judicial que o impeça de qualquer prática religiosa e não descumpriu ele nenhuma ordem judicial. Providências serão tomadas para a retomada de sua liberdade – acrescenta a nota.
A prisão ocorre no âmbito de um inquérito policial aberto em dezembro de 2023, após uma mulher contar ter recebido mensagens de teor sexual envolvendo fantasias eróticas, que teriam sido enviadas pelo pastor. Em março deste ano, a vítima conseguiu na Justiça que Passamani fosse condenado a lhe pagar uma indenização por danos morais de R$ 50 mil. Ela afirma que a quantia será enviada a instituições que cuidam de mulheres violentadas.
A defesa de Passamani, por sua vez, descreve as informações presentes nesse inquérito como “vazias, lacunosas e genéricas”.
De acordo com informações do portal G1, o pastor foi preso no momento em que chegava para participar de um louvor no bairro de Jardim Goiás, em Goiânia (GO). Leandro Silva afirmou que a autoridade policial escolheu o momento oportuno para o “espetáculo público”.
Além do inquérito em questão, Davi Passamani foi alvo de outra denúncia por importunação sexual, em março de 2020. Na ocasião, uma jovem relatou à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Goiânia que recebeu mensagens, áudio e até mesmo videochamada com teor sexual por parte do pastor. No mês seguinte, o processo acabou arquivado por “ausência de justa causa”.
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