Paulo Moura - 16/08/2021 09h51 | atualizado em 16/08/2021 10h02

A defesa da família do pastor Anderson do Carmo solicitou à Justiça que a ex-deputada federal Flordelis, presa na última sexta-feira (13) e atualmente detida no Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, seja transferida para o presídio Nilza da Silva Santos, em Campos dos Goytacazes, no interior do estado. A solicitação foi feita no domingo (15) e aguarda análise.

Representante da família de Anderson, o advogado Ângelo Máximo informou ao portal UOL que há uma decisão judicial requerida desde o início da ação penal que exige que os réus no processo permaneçam em unidades prisionais diferentes.

– Nós temos um grande problema no Rio de Janeiro, que é a escassez de presídios femininos. E aqui, na região metropolitana, nós só temos três, que são o de Benfica, o Talavera Bruce e o Instituto Santo Expedito. E nesse processo nós temos, hoje, cinco mulheres presas – explicou Máximo ao UOL.

Marzy Teixeira da Silva está na Penitenciária Talavera Bruce, e Simone dos Santos Rodrigues se encontra no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica. Já Rayane dos Santos Oliveira (neta da ex-deputada), Andreia Santos Maia e Flordelis dos Santos de Souza estão no Instituto Penal Santo Expedito.

– Há a necessidade [de] que Flordelis fique em uma unidade prisional isolada das filhas e da neta. E o único presídio que resta é o presídio de Campos dos Goytacazes. Então, em vista dessa decisão judicial, que ela vá para Campos, para garantia da instituição criminal e também por ser notório o alto poder de determinação, de intimidação, que ela tem sobre os filhos – disse.

Por meio de nota, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro informou, no domingo (15), que ainda não solicitou a transferência da ex-deputada Flordelis para o presídio de Campos dos Goytacazes, mas que fará o pedido. O órgão, porém, disse que a ex-parlamentar está separada dos familiares.

– Na segunda-feira, serão enviados esclarecimentos à Vara Criminal, solicitando que seja avaliada a necessidade de transferência de alguma das internas para unidade feminina de Campos dos Goytacazes – afirmou a secretaria.

A Seap disse ainda que “as três internas que estão no Santo Expedito” ficarão em espaços diferentes da unidade, sem contato, para que a ordem judicial, que proíbe contato entre a ex-deputada e as demais rés do processo, seja cumprida.

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