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Uip não fará acordo com gerente que vazou receita de cloroquina

Processo ainda não tem previsão para chegar ao fim

Pleno.News - 01/03/2021 15h53 | atualizado em 01/03/2021 16h21

David Uip Foto: Reprodução

O processo aberto na esteira do vazamento da receita médica do infectologista David Uip, ex-coordenador do Centro de Contigência para o novo coronavírus no estado de São Paulo, ainda não tem previsão para chegar ao fim. A celebração de um acordo com o farmacêutico suspeito de divulgar a prescrição, que poderia encerrar a ação, não está nos planos do médico, segundo informou a defesa nesta segunda-feira (1º).

O advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende David Uip no caso, comunicou ao juízo e ao Ministério Público de São Paulo que não pretende aceitar qualquer proposta de conciliação na audiência preliminar marcada para a próxima semana, “independente dos termos apresentados”.

A justificativa é a de que o médico e a família dele foram alvo de “incontáveis manifestações de ódio” e de ameaças após o vazamento da receita. Na época, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a sugerir que Uip escondia o uso do medicamento por “questões políticas”, já que “pertence à equipe do governador de São Paulo”.

– O Prof. David Uip suportou enorme sofrimento quando foi alvo de incontáveis manifestações de ódio, tanto pessoalmente como pela internet, além de seus familiares, esposa, filhas e filhos, que passaram a ser alvo inclusive de ameaças, tudo por causa do crime praticado pelo acusado, quando “vazou”, em grupos de WhatsApp, a receita da vítima, na qual esta se autoprescrevia o medicamento cloroquina para ser adquirido e eventualmente ministrado – informou a defesa.

Com a recusa, o processo deve entrar na etapa de transação penal. Nesta fase, o Ministério Público decide se apresenta ou não uma pena criminal.

O inquérito para apurar o caso foi aberto em abril do ano passado e a promotoria apontou que houve crime de violação do segredo profissional pelo gerente. O vazamento foi percebido quando passaram a circular, nas redes sociais, imagens da receita médica em que o infectologista, que estava com Covid-19, prescreveu cloroquina a si próprio. A investigação indicou que o gerente da farmácia que vendeu o medicamento teria vazado a foto em grupo WhatsApp.

Embora tenha deixado a coordenação do Centro de Contingenciamento de São Paulo, David Uip continua trabalhando no comitê do governo paulista.

*Estadão

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