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Da Cunha explica contratação de cineasta para seu canal

Delegado foi indiciado pela Corregedoria da Polícia Civil

Monique Mello - 27/09/2021 14h35 | atualizado em 27/09/2021 15h04

Delegado Carlos Alberto da Cunha Foto: Reprodução

O delegado da Polícia Civil Carlos Alberto da Cunha, de 43 anos, mais conhecido como Da Cunha, revelou neste domingo (26) que contratou um cineasta para gravar, editar e divulgar as imagens sobre as operações policiais que publicava em seu canal do YouTube, com mais de três milhões de inscritos.

Em entrevista ao colunista Josmar Jozino, no portal Uol, o delegado disse ter contratado o roteirista James Jay Maas Salinas para auxiliar na divulgação e produção do material policial para o canal, mas afirmou que não monetizou os vídeos. Se o tivesse feito, ele teria lucrado 500 mil dólares (o equivalente a R$ 2.669.450, na cotação atual).

Da Cunha foi indiciado pela Corregedoria da corporação no último dia 23, por ser suspeito de cometer o crime de peculato (quando um funcionário público desvia dinheiro ou bens em benefício próprio ou de terceiros, em razão do cargo que ocupa). A pena para o delito varia de 2 a 12 anos de prisão, além de multa.

Em agosto, foi instaurado um inquérito policial para apurar se Da Cunha usou a estrutura da Polícia Civil, como armas, homens, viaturas e etc, para gravar vídeos de operações policiais exibidas em suas redes sociais.

O delegado Marquel de Araújo, da Divisão de Apurações Preliminares da Corregedoria Geral da Polícia Civil, interrogou o cineasta James Jay Maas Salinas em 11 de agosto. O profissional contou que começou a trabalhar para Da Cunha em fevereiro de 2020, tendo participado da suposta prisão de um chefe de facção, apontado como o Jagunço. À Corregedoria, Salinas disse que emprestava equipamentos, como câmeras Go Pro, para a equipe de agentes de Da Cunha, para auxiliar nas gravações.

O policial civil declarou que começou a gravar as operações policiais em 2013, com intuito de divulgar o trabalho da corporação e que, no início, pagava do próprio bolso até R$ 5 mil para o cinegrafista contratado. A Salinas, Da Cunha revelou pagar uma ajuda de custo de R$ 3 mil do próprio dinheiro.

Segundo o delegado, ele jamais monetizou os vídeos das operações no canal no YouTube. Ele assumiu que, em apenas três ocasiões, monetizou vídeos em podcast, mas não de ações policiais, e faturou R$ 200 mil.

Afastado do cargo desde agosto deste ano, o delegado Da Cunha promete divulgar, ainda nesta segunda-feira (27), um vídeo com defesa técnica do caso, além de prometer uma retratação ao delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes.

 

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