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Crivella rebate matéria de O Globo sobre “QG da propina”

Prefeito do Rio de Janeiro disse que é uma "manchete fabricada" para ligá-lo a uma crise na qual ele não tem participação

Henrique Gimenes - 10/03/2020 16h06 | atualizado em 10/03/2020 16h28

Prefeito Marcelo Crivella rebateu matéria de O Globo sobre “QG da propina” Foto: PR/Marcos Corrêa

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, publicou um vídeo, nesta terça-feira (10), para rebater uma matéria do jornal O Globo referente a um “QG da propina” em seu governo. Ele negou as informações dadas pela reportagem e afirmou que a manchete foi “fabricada” após ele abrir uma investigação sobre uma obra que pertenceria à filha do dono da Rede Globo, João Roberto Marinho.

De acordo com a reportagem, Crivella foi alvo de uma investigação a respeito de um “balcão de negócios” na Prefeitura do Rio de Janeiro para a liberação de verbas a empresas após o pagamento de propina. A investigação teve por base o acordo de colaboração premiada feito pelo doleiro Sérgio Mizrahy.

Crivella, no entanto, ressaltou que o delator afirmou não conhecê-lo e nem ter dado dinheiro.

– Nós aprovamos todas as investigações bem intencionadas e imparciais. Mas essa manchete de O Globo, “QG da propina no governo do Crivella”. Como assim? O delator disse que não me conhece e nem me deu dinheiro. E outra coisa, a tal propina seria para que eu pagasse dívidas do governo Eduardo Paes para uma empresa chamada Locanty. Não paguei um tostão para essa empresa. E nem sequer tem contratos no meu governo – apontou.

Para o prefeito, a reportagem do jornal O Globo seria uma espécie de retaliação por causa de uma investigação que acontece em um prédio na Avenida Vieira Souto, em Ipanema.

– Agora, é de estranhar que essa manchete fabricada, querendo me ligar a uma crise que eu não tenho participação nenhuma, feita pelo Globo ocorra num momento em que, na semana passada, eu mandei investigar uma obra em um prédio na [Avenida] Vieira Souto, do Rio de Janeiro. Em 2014, a proprietária, filha do dono da Rede Globo, João Roberto Marinho, pediu autorização à Prefeitura para fazer uma reforma. E construiu três andares a mais no prédio. Uma obra de 2 mil metros quadrados. Isso recebendo 12 multas da Prefeitura, seis laudos de interdição e ações na Justiça. Nada parou aquela obra – explicou.

Ele ainda disse que pretende demolir a obra.

– Ela só conseguiu licenciar quando contratou, como advogada, a esposa do ex-governador Sergio Cabral, Adriana Ancelmo. E aí o então prefeito Eduardo Paes licenciou a obra. Eu mandei reabrir esse processo no IRPH para fins de demolição, como estão sendo demolidos no momento os prédios irregulares da Muzema e também no Rio das Pedras – destacou.

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