Leia também:
X Araújo troca reunião por evento de religião com Trump

Crivella critica política de segurança do Rio de Janeiro

Prefeito da capital também pediu ao governador Wilson Witzel que repense a estratégia no combate à criminalidade

Henrique Gimenes - 23/09/2019 16h32

Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella Foto: Agência Brasil/Tomaz Silva

Nesta segunda-feira (23), o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, se manifestou sobre a morte da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, e pediu que o governador do estado, Wilson Witzel, reveja a política de segurança. A criança foi atingida por um tiro, na noite de sexta-feira (20), dentro de uma kombi no Complexo do Alemão.

Para Crivella, a cidade não aguenta mais inocentes sendo atingidos por balas perdidas.

– À medida que as pessoas fazem suas políticas, tem a oportunidade de adaptá-las. Acho que chegou o momento de se ponderar essas ações na comunidade. O Rio de Janeiro não suporta mais ver as balas perdidas atingirem os inocentes. Em momentos de tragédias como essa, é momento de se repensar. Ao mesmo tempo que o policial protege a própria vida, ele protege a vida dos outros. Faço um apelo às policias para começarem operações antes do horário escolar. Evita que as crianças fiquem presas em cenas traumáticas – ressaltou.

O prefeito do Rio de Janeiro também fez críticas às operações policiais nas comunidades do município.

– Quando vemos as forças de segurança subindo o morro e dando tiro para todo lado, é o momento que a consciência do povo carioca precisa se erguer e fazer uma denúncia. Nas mil comunidades da nossa cidade, desgraçadamente, cresceu o crime, o tráfico, o horror. Com teias doentias nas quais caíram meninos e meninas enganados. Achando que, com dinheiro, iriam se libertar das tristezas e frustrações. Só que nas comunidades também há muita honradez, dignidade e amor ao próximo. Há uma população enorme que vive décadas vivendo terríveis adversidades – apontou.

Marcelo Crivella ainda afirmou que é preciso refletir sobre o uso da violência para combater violência.

– O caso da menina Agatha é um momento de reflexão pra todos nós. É preciso da graça de Deus pra que inocentes não tombem com essa tentativa louca, muitas vezes, de combater a violência com violência. Sabemos que violência gera violência. Nunca, na história da humanidade, a violência gerou a paz – destacou.

WITZEL
Na tarde desta segunda, o governador do Rio, Wilson Witzel, também comentou a morte da menina. Ele lamentou o episódio e criticou o uso do fato como “palanque político”.

– A dor de uma família não se consegue expressar. Eu também sou pai e tenho uma filha de 9 anos e não posso dizer aqui que sei o tamanho da dor que os pais da menina Ágatha estão sentindo, mas sei que jamais gostaria de passar por um momento como esse. Tem sido difícil ver a dor das famílias que têm perdido seus entes queridos por causa da inescrupulosa atuação do crime organizado que vem atingindo o Rio de Janeiro, não de hoje, mas de muitos anos. Presto minha solidariedade aos pais da menina Ágatha. Que Deus a receba, um anjo que se foi – declarou.

Leia também1 Witzel chora e diz: "Indecente usar caixão como palanque"
2 Policial youtuber é alvo de fake sobre agressão em velório

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.