Leia também:
X Bunker: Governo monta grupo informal para blindar Janja

Crianças puseram cocaína na boca achando que era doce

Entorpecente foi levado por uma aluna de 4 anos para a sala de aula

Thamirys Andrade - 24/03/2025 11h43 | atualizado em 24/03/2025 12h32

Suspeita é de que cocaína pertença ao pai de uma das alunas Foto: Divulgação / Polícia Militar

A Polícia de Itamonte, em Minas Gerais, esclareceu que as crianças que puseram cocaína na boca na Escola Municipal Mariana Silva Guimarães achavam que a substância era um tipo de doce. O entorpecente foi levado por uma aluna de 4 anos para a sala de aula. A menina contou que o pó branco pertencia ao seu pai e, acreditando tratar-se de uma guloseima, ela distribuiu para colegas de classe.

Segundo as autoridades, 16 saquinhos plásticos com a droga foram encontrados na mochila e na carteira da estudante. Dentre eles, nove estavam abertos e parcialmente consumidos, enquanto os demais estavam lacrados.

A professora disse à polícia que estava dando aula, quando uma das estudantes reclamou que “a coleguinha tinha dado um papelzinho e que estava ruim”. Ao verificar o que estava acontecendo, a educadora se deparou com a droga separada em papelotes. A escola acionou o Conselho Tutelar e a polícia, que encaminhou o material para perícia e confirmou tratar-se de cocaína.

Em contato com o G1, o pai de uma das crianças que ingeriu a droga relatou como soube do caso:

– Ao entrar no carro, a minha filha começou a chorar muito e ela falou: “Eu comi, eu engoli. Eu coloquei o pózinho branco na boca que a amiguinha deu e eu engoli”. Quando foi falado que era droga, eu confesso que fiquei sem chão. Só hoje que eu fui voltar ao normal, ficar bem de novo, com a minha cabeça voltando a funcionar, porque bate um desespero – descreveu.

DESACATO
Suspeito de ser o dono do entorpecente, o pai da menina chegou a ir até a escola sem saber do ocorrido. Ao chegar no local, ele tomou conhecimento da situação, tomou um dos papelotes da mão de uma funcionária e foi embora. Em seguida, ele enviou o irmão ao colégio para buscar a menina.

– Posterior a saída dele, ele enviou o irmão dele para poder pegar essa criança, que é tio da criança. No momento que ele chegou na escola, já havia as conselheiras tutelares que também acompanhavam o caso e houve também uma ocorrência de desacato contra as conselheiras. Porém, a polícia militar agiu rápido e conseguiu fazer a prisão desse indivíduo – descreveu o tenente Adenilson de Oliveira Rocha, segundo informações do portal G1.

O homem foi liberado depois de ter assinado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

No total, 18 alunos da escola, incluindo a menina que levou a cocaína, foram encaminhados a um pronto-socorro de Itamonte. Uma médica pediu que testes de toxicidade fossem feitos nas crianças, mas a cidade não tinha esse tipo de exame disponível.

O prefeito João Pedro Fonseca (Podemos) conta ter ligado para laboratórios em uma cidade vizinha e conseguido os testes. Dos exames realizados, dois tiveram resultado inconclusivo, enquanto os demais tiveram resultado negativo para toxidade.

A prefeitura afirmou que está acompanhando as famílias afetadas, e as aulas na escola estão ocorrendo normalmente nesta segunda-feira (24).

Leia também1 MG: Criança leva cocaína do pai à escola e distribui entre colegas

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.