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Cremerj suspende registro de anestesista preso por estupro

Conselho também abriu procedimento que pode resultar na cassação definitiva do médico

Thamirys Andrade - 13/07/2022 15h39 | atualizado em 13/07/2022 17h14

Giovanni Quintella Foto: Reprodução/TV Globo

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) decidiu suspender o registro do anestesista Giovanni Quintella, que foi preso no último domingo (10), após ser filmado estuprando uma paciente sedada enquanto ela dava à luz, em um hospital de São João de Meriti, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a organização, a medida visa proteger a população e garantir a boa prática médica.

Diante da resolução, Quintella ficará impedido, por ora, de exercer sua profissão no estado. Além disso, o conselho também abriu um processo ético-profissional que pode resultar na cassação definitiva do registro do médico.

Ao anunciar a decisão, o presidente do Cremerj, Clovis Munhoz, destacou que nunca viu algo tão estarrecedor em seus mais de 40 anos de profissão.

– Firmamos um compromisso com a sociedade de celeridade no que fosse possível, e essa suspensão provisória é uma resposta. A situação é estarrecedora. Em mais de 40 anos de profissão, não vi nada parecido. E o nosso comprometimento não acaba aqui. Temos outras etapas pela frente e também vamos agir com a celeridade que o caso exige – prometeu Munhoz.

Giovanni teve sua prisão em flagrante convertida para preventiva nesta terça-feira (12). O anestesista se encontra em uma cela de 36 metros quadrados na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, na Zona Oeste do Rio. Na chegada ao presídio, ele foi alvo da hostilidade dos presos, que começaram a sacudir as grades, vaiá-lo e xingá-lo, como forma de protesto.

As suspeitas sobre Giovanni começaram após profissionais de saúde notarem que ele utilizava uma quantidade anormal de anestesia nas pacientes. Além disso, a equipe de enfermagem percebeu, em outros procedimentos, movimentações corporais incomuns feitas por ele durante as cirurgias. Com isso, as enfermeiras resolveram colocar um celular para gravar o que Giovanni fazia. Foi então que o anestesista foi flagrado colocando o pênis na boca de uma paciente enquanto participava do parto dela.

Além de responder pelo caso no qual foi flagrado na gravação em vídeo, o anestesista é investigado por mais cinco possíveis atos similares cometidos nas unidades em que trabalhou, entre elas o próprio Hospital da Mulher Heloneida Studart, onde a equipe de enfermagem conseguiu gravá-lo.

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