Covid: Rondônia vai transferir pacientes para outros estados
Informação foi dada pelo governador do estado, coronel Marcos Rocha
Pleno.News - 24/01/2021 14h54 | atualizado em 25/01/2021 11h30
O governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, afirmou na noite de sábado (23) que o Ministério da Saúde teria aceitado dar suporte para a transferência de pacientes com Covid-19 para outras partes do país. O estado está com hospitais lotados e enfrenta a falta de leitos e de médicos suficientes para atender ao agravamento da pandemia do novo coronavírus.
Neste domingo (24), em coletiva de imprensa, ele afirmou ainda que existe a possibilidade de o governo federal enviar médicos e equipamentos para o estado, a fim de reduzir a necessidade de transferências.
– Nossos leitos estão totalmente ocupados com rondonienses e com brasileiros – declarou Rocha no sábado, em transmissão ao vivo em redes sociais, ao referir-se também ao atendimento de pacientes vindos do sul e da capital do Amazonas, após o agravamento da crise sanitária no estado vizinho.
Segundo Rocha, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assentiu no sábado em transferir os pacientes que estão na fila por um leito de internação.
– E outros tantos quanto forem necessários para outros hospitais federais existentes aqui, no nosso país. E assim será feito. Nós mandamos o documento, e todo o trabalho está sendo desenvolvido para que isso aconteça – ressaltou.
O governador destacou ainda que entrou em contato com o comandante militar da Amazônia, o general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, que teria colocado aeronaves à disposição para fazer o transporte dos pacientes.
Além disso, ele pediu a médicos para se disponibilizarem a trabalhar em Rondônia.
– Temos todo o pessoal necessário, mas tem uma profissão que faz grande falta no nosso estado, que são os profissionais médicos […] Faço um apelo aqui ao senhor doutor e à senhora doutora que fizeram o curso de Medicina, que, por favor, venham ajudar aos rondonienses – afirmou.
Rocha também destacou que o estado registrou óbitos por covid-19 em faixas etárias, classes sociais e gêneros diversos e pediu à população para adotar medidas para evitar o contágio, como o distanciamento social.
– Não podemos permitir que essa doença se amplie. Então, rondoniense, senhor, senhora, jovem, vamos neste momento mantermos a união no sentido de não disseminarmos esse vírus maldito que tem dilacerado famílias – apontou.
Rondônia tem 2.097 óbitos e 116.133 casos confirmados do novo coronavírus. Até a noite de sábado, havia um total de 543 internados. Entre sexta-feira (22), e sábado (23), foram registradas 12 mortes pela doença. O estado tem 977 leitos, entre hospitais públicos, privados e filantrópicos.
Também no sábado, em coletiva de imprensa, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), declarou que a cidade enfrenta um rápido agravamento da pandemia da Covid-19 e sofre com falta de leitos para atender a todos os paciente.
“Hoje o sistema de saúde de Porto Velho está em colapso […] Qualquer um aqui presente, se precisar de leito de internação, provavelmente não vai conseguir ser internado e, dependendo da gravidade, poderá, sim, vir a óbito – alertou.
E continuou.
– Hoje, todo mundo está acompanhando o que está acontecendo em Manaus. Estamos muito perto de viver aqui, na nossa cidade, de Porto Velho, e no nosso estado de Rondônia, uma tragédia humanitária – afirmou Chaves.
*Estadão
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