Corpo de recém-nascido dado como incinerado é encontrado
Secretaria de Saúde e empresa de coleta divergem sobre culpa no sumiço
Paulo Moura - 29/10/2019 13h57 | atualizado em 29/10/2019 14h15

O corpo do bebê Rogério Cardoso de Almeida Filho, dado como incinerado após desaparecer de uma maternidade na cidade de Aparecida de Goiânia, interior de Goiás, foi encontrado na segunda-feira (28) em uma empresa de coleta de resíduos biológicos. A Secretaria de Saúde da cidade informou que afastou a direção e uma funcionária do local onde a criança nasceu após a confusão sobre o paradeiro do corpo do recém-nascido.
A criança, que havia nascido na última quinta-feira (24), viveu por apenas 12 horas e acabou morrendo no hospital. Após a morte, porém, o corpo do recém-nascido foi condicionado de forma errada, junto com placentas descartadas, em uma geladeira. Em nota, a Secretaria de Saúde assumiu que o corpo foi colocado dentro do eletrodoméstico, mas afirmou que a maternidade funcionava além da capacidade.
Quanto ao sumiço do corpo, secretaria e empresa de coleta divergem sobre a responsabilidade pela falha. A secretaria afirmou que o corpo estava devidamente identificado, em refrigeração, quando foi recolhido de forma equivocada pela empresa. A advogada da empresa Zero Ambiental, porém, negou a versão e disse que os funcionários não têm acesso ao conteúdo do material que é descartado.
– Ele [saco] não é aberto nem na empresa. Ele é colocado na máquina para tratamento fechado. Do jeito que vem da unidade se saúde ele entra no equipamento – afirmou.
O corpo de Rogério foi sepultado na tarde de segunda-feira (28), no Cemitério Jardim da Esperança, também em Aparecida de Goiânia.
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