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Virgínia Martin e Rafael Ramos - 13/02/2019 19h14 | atualizado em 18/02/2019 13h24

Passadas mais de duas semanas desde o rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, os moradores ainda tentam retomar sua rotina. Com 40 mil habitantes, a cidade, situada na Região Metropolitana, a 60 km de Belo Horizonte, em Minas Gerais, segue em luto. Um luto muito mais denso do que o nevoeiro que cerca a região. Aliás, é de nevoeiro ou bruma que vem o nome do local. Em alguns dias, o nevoeiro esconde o próprio sol até às dez da manhã.

Além da saudade dos que se foram ou da esperança por um possível milagre, os brumadinhenses, como são chamados, precisam conviver com outros fantasmas. Afinal, muitos trabalhadores da mineradora perderam seus empregos. Sem falar das famílias que ficaram sem os mantenedores do lar.

A questão financeira também é um problema na cidade vizinha de Mário Campos. O local também foi atingido pela tragédia ocorrida próximo ao Córrego do Feijão. Parte da verba de Mário Campos vem da produção agrícola.

Mas, com todos os problemas, os mineiros não deixaram de lado o espírito hospitaleiro. De braços abertos, eles têm recebido voluntários de várias partes do país. A vontade de ajudar a cidade é tanta que o sistema hoteleiro está lotado.

No total, o efetivo conta com 327 pessoas, entre militares da Força Nacional e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, voluntários e bombeiros de outros estados. Até o momento, o número de óbitos chega a 165. Quase 400 pessoas já foram localizadas, enquanto 155 permanecem desaparecidas.

Mas, assim como os trilhos ferroviários, por onde passam trens carregando toneladas de minério de outras minas do estado até o Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, a cidade tenta seguir seu curso. Em cada rosto de um morador, seja na pracinha, na igreja ou no comércio local, fica a esperança de que dias melhores virão.

Como forma de ajudar, a Estação Conhecimento da Vale e a Defensoria Pública estão disponibilizando psicólogos que possam conversar com as famílias. Devido ao alto índice de suicídio em Minas Gerais, os voluntários procuram ser um ombro amigo aos enlutados.

O Centro de Valorização da Vida também disponibilizou voluntários para ouvir as pessoas, assim como a Primeira Igreja Batista em Brumadinho. Filiada à Convenção Batista Mineira, a igreja formou a equipe dos “coletes amarelos”. Eles saem pelas ruas, escolas e cemitérios para oferecer apoio emocional e espiritual a quem precisa.

No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma das instituições que dão apoio emocional e trabalham para prevenir o suicídio. Para pedir ajuda, ligue para o número 188 ou acesse o site do CVV.

* O Pleno.News está com equipe em Brumadinho.

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