Comandante da PM da Bahia descarta manifestação política
Comandante criticou quem está 'incitando' greves e manifestações
Monique Mello - 29/03/2021 12h47 | atualizado em 29/03/2021 13h05
O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, Paulo Coutinho, disse em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (29), que a ação que resultou na morte do soldado Wesley Soares Góes foi “necessária”, diante do risco para a tropa e demais cidadãos.
– Enquanto os disparos não estavam oferecendo riscos para a tropa e para as pessoas que circulavam, protegemos a integridade do soldado. Sempre temos esse cuidado, temos expertise de atender ocorrência dessa natureza. Foram utilizadas outras alternativas porém ele estava com uma arma de grande poder de letalidade e em determinado momento todos os recursos de isolamento e proteção foram esgotados – disse.
Segundo ele, ocorrências críticas possuem muitas motivações e só podem ser esclarecidas após a abertura do processo investigativo.
– Mas ali foi um típico caso de um individuo que estava passando por um transtorno mental e estava desconectado da realidade. As imagens falam por si só – declarou.
Ainda de acordo com o comandante, apesar da grande movimentação de entidades ligadas ao corpo policial, não existe qualquer possibilidade de que a categoria se mobilize para uma paralisação geral. Ele criticou quem está insuflando rebelião na PM contra governadores que adotam lockdown.
– Temos que deixar bem claro que a PM é bem maior do que isso. Estamos com o alto comando da corporação em funcionamento para servir e proteger o cidadão. Qualquer manifestação de ordem política não cabe nesse momento – finalizou.
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