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Com R$ 1,7 bilhão, CCR vence o leilão da rodovia Dutra

Empresa terá a concessão por 30 anos e deverá fazer investimentos de R$ 15 bilhões

Pleno.News - 29/10/2021 16h05 | atualizado em 29/10/2021 17h52

Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao final do leilão Foto: Ricardo Botelho/MInfra

Em menos de 15 minutos de leilão, o grupo CCR manteve o favoritismo e continuou com a concessão da rodovia Dutra – considerada a joia da coroa das concessões rodoviárias. A empresa disputou com a EcoRodovias e ganhou a disputa com desconto de 15,31% no valor da tarifa básica e outorga de R$ 1,8 bilhão.

A EcoRodovias fez uma proposta de desconto de 10,6% na tarifa básica e encerrou sua participação no leilão. Com isso, a CCR continua a administrar a rodovia por mais 30 anos e vai fazer investimentos de R$ 15 bilhões.

O mercado não esperava a vinda de novos investidores, mas contava com a participação daqueles que já estavam aqui, como Arteris e a gestora Pátria.

Especialistas avaliam que não houve um esforço muito grande por parte do governo para atrair novos investidores para essa disputa, como a realização de mais road shows (apresentação do projeto a investidores internacionais). Além disso, o tempo de 60 dias para se preparar para o leilão foi considerado curto.

Responsável pela movimentação de quase metade do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, a Dutra é uma das melhores concessões do país por causa do tráfego e por ligar duas das regiões mais ricas do Brasil. Além disso, corta o importante polo industrial do Vale do Paraíba.

A rodovia deve servir de modelo para outras concessões que devem vir pela frente. O governo prevê a implementação de uma série de inovações, como o free flow (sistema de cobrança sem praça de pedágio), programa de fidelidade para quem mais usar a estrada e Wi-Fi em toda a sua extensão.

Trecho da Rodovia Nova Dutra Foto: CCR RioSP/Clóvis Rossi

O desafio será fazer tudo isso e reduzir em 20% a tarifa de pedágio.

Atualmente, a estrada é administrada pelo grupo CCR, que assumiu a concessão em março de 1996. Na época, a Dutra estava sucateada pela falta de investimentos, e o número de mortos em acidentes era da ordem de 500 pessoas por ano.

Nestes 25 anos, a rodovia teve muitos avanços na infraestrutura, com inúmeras obras. Mas, aos poucos, começou a enfrentar o estrangulamento das vias, sobretudo nas regiões metropolitanas.

Seja em São Paulo, seja no Rio de Janeiro, a Dutra virou quase uma avenida, com intenso tráfego, durante todo o dia, na chegada às cidades.

*AE

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