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Com dívidas, Editora Abril tem sede leiloada por R$ 118 milhões

Empresa está em recuperação judicial desde 2018, quando somava dívidas de cerca de R$ 1,6 bilhão

Paulo Moura - 21/05/2021 15h09 | atualizado em 21/05/2021 15h39

Sede da Editora Abril foi leiloada nesta sexta-feira Foto: Reprodução

O antigo prédio da Editora Abril em São Paulo, na Marginal Tietê, Zona Norte da capital paulista, foi vendido nesta sexta-feira (21) por meio de um leilão virtual. Encerrado pouco antes das 11h, pela plataforma Biasi Leilões, o imóvel foi comercializado por R$ 118,783 milhões.

O leilão teve dois compradores interessados, que realizaram 17 lances cada um. O valor final foi R$ 8,28 milhões maior do que o lance mínimo, que era de R$ 110,5 milhões. A identidade dos interessados não foi revelada no site do leilão.

O vencedor do certame agora terá que desembolsar mais R$ 1 milhão para pagar o processo de encerramento da Licença de Operação do imóvel, emitida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). O complexo de várias edificações que abrigavam a Editora Abril tem 55.414 metros quadrados de área construída e foi símbolo da empresa.

No alto dos 8 andares do edifício há uma placa com o logotipo da Abril, visível a quem passa pela marginal Tietê. A gráfica da editora, que ficava no complexo da marginal Tietê, junto ao prédio, foi vendida em janeiro de 2021.

A Abril está em recuperação judicial desde 2018 – ano em que somava dívidas de cerca de R$ 1,6 bilhão. O leilão fez parte do processo de recuperação, como aprovado em uma assembleia dos credores e pela Justiça em 2019. Além das contas em atraso, pesam contra a empresa as transformações na indústria de mídia impressa.

Por muito tempo, sua tiragem semanal foi superior a 1 milhão de exemplares. Em 2020, foram vendidas 144.141 cópias em papel, em média, por edição, e a revista perdeu 285.015 exemplares impressos e digitais. A queda em relação a 2019 foi de 52,2%.

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