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Colégio em BH cancela prova que tinha ataque a Bolsonaro

Parte do exame foi retirado de um texto do humorista Gregório Duvivier

Paulo Moura - 10/10/2019 13h45 | atualizado em 21/10/2019 13h17

Prova em colégio de BH usou texto de Gregório Duvivier que atacava Bolsonaro Foto: Divulgação

Um texto contido em um prova de português causou polêmica em um colégio católico de Belo Horizonte, Minas Gerais. A situação, que criou um mal-estar entre pais e alunos, foi o uso de um artigo, escrito pelo humorista Gregório Duvivier, que atacava o presidente Jair Bolsonaro. A avaliação foi cancelada por conta do caso.

O exame em questão foi aplicado na última segunda-feira (7), no Colégio Loyola, que é considerado um dos 10 mais caros da capital mineira, quando alunos do 2º ano do ensino médio fizeram a 1ª Avaliação Globalizante de Língua Portuguesa, da 3ª Etapa Letiva de 2019.

Prova usou texto de coluna da Folha que atacou Bolsonaro Foto: Reprodução

Logo nas primeiras questões, aparece o artigo Único jeito de não ficar triste, é ficar p***, que foi publicado no dia 28 de agosto, no site do jornal Folha de São Paulo. Em alguns trechos é possível perceber ataques claros ao presidente Bolsonaro.

– Esse governo é um gatilho poderoso pra depressão. As queimadas, o apocalipse iminente, a recessão inevitável, o desemprego crescente, a vergonha mundial. O presidente parece eleito pela indústria farmacêutica pra vender antidepressivo – diz parte do texto.

Após a aplicação da prova, pais de alunos foram até a direção da instituição e reclamaram do conteúdo. As reclamações motivaram o cancelamento do teste após a notícia viralizar nas redes sociais.

Em nota enviada ao portal Pleno.News, o Colégio Loyola informou que o cancelamento da prova ocorreu exclusivamente por uma questão técnica. De acordo com a instituição, o uso de temas transversais, que são aqueles relacionados ao cotidiano, está prevista na proposta pedagógica da instituição. Porém, o Loyola ressalta que tal uso deve trazer diversas abordagens, o que não teria acontecido no exame em questão, que só continha um texto com críticas políticas, sem um contraponto.

A escola ressaltou ainda que a anulação aconteceu em razão da detecção do problema técnico após a aplicação e que não houve qualquer influência externa para que a medida fosse tomada.

*Atualizada em 21/10 às 13h20

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