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Cidades de Minas Gerais e do Paraná retomam comércio

Municípios têm tomado medidas para evitar proliferação do vírus com reabertura da economia

Paulo Moura - 27/04/2020 11h36 | atualizado em 27/04/2020 11h40

Comércio de Londrina, no Paraná, começa a reabrir após quarentena Foto: Divulgação/Sindecolon

Seguindo protocolos próprios, cidades do interior de Minas Gerais e do Paraná começaram a retomada de atividades econômicas nas últimas semanas depois de um período de medidas rígidas para contenção dos casos do novo coronavírus.

O comércio de Extrema (MG) voltou a funcionar com restrições no dia 13, depois de um processo de abertura gradual. O município de 36 mil habitantes, no sul de Minas, tem 21 casos e 4 mortes em decorrência do Sars-CoV-2.

No início do isolamento, a cidade fechou a divisa com o estado de São Paulo, e deixou aberto apenas o lado que dá acesso a Minas Gerais, com uma barreira sanitária medindo temperatura e distribuindo álcool em gel em determinados horários.

O município adotou ainda uso obrigatório de máscaras, ações em ruas com bancos, onde há filas em dias de saque e pagamento e toque de recolher entre às 18h e às 6h, desde o último fim de semana até o dia 3 de maio.

– Extrema tem um parque industrial formado por grandes empresas, mas, no comércio, a base são pequenos negócios, a maioria familiares. São empreendedores que não têm fôlego para permanecer fechados por longo período. Seria uma quebradeira geral – diz o prefeito João Batista (PSDB).

Segundo o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), a estimativa é que 55% dos 853 municípios do estado tenham retomado atividades por conta.

Seguindo a tendência, o governo mineiro lançou um programa com protocolos para a retomada gradual do comércio, serviços e outros setores, que divide áreas da economia em quatro ondas, ativadas de forma gradual conforme evolução dos casos no município.

– Não é uma obrigação implantar os protocolos, mas sabemos que muitas cidades já estão de portas abertas. Caberá ao prefeito analisar, diariamente, o cenário epidemiológico e tomar a decisão correta – afirmou Zema.

Em Uberlândia, a flexibilização começou nesta semana, depois que o crescimento diário de casos suspeitos caiu de 15% para 3%. Agora, lojas de móveis, eletrodomésticos, tecidos, bancas de revista e jornais, entre outros não essenciais, poderão abrir em escala alternada.

No Paraná ocorrem medidas semelhantes. Cidades do interior começaram a afrouxar as restrições do comércio ainda na semana passada, mas também endureceram regras de circulação de pessoas. O estado já havia deixado com os municípios a decisão sobre o funcionamento da economia e apenas restringiu a abertura de academias e shoppings.

Algumas prefeituras estão obrigando moradores a usarem máscaras. A medida pode se estender para todo o estado com uma lei que deve ser aprovada em segundo turno nesta segunda-feira (27).

Os prefeitos se adiantaram. Em Cascavel, no oeste, o descumprimento da medida configura crime de “propagação de doença contagiosa”, com pena de até um ano de prisão. Os comerciantes que não respeitarem a regra terão o alvará suspenso.

Em Guarapuava, centro-sul do estado, a prefeitura cobriu com máscaras de proteção boca e nariz de figuras históricas representadas em monumentos da cidade. A ação serve para conscientizar moradores para o uso do equipamento, que é obrigatório.

A obrigatoriedade das máscaras também foi decretada pelo prefeito de Londrina, norte do Paraná. Em contrapartida, ele autorizou a retomada do comércio. O horário de funcionamento das lojas foi reduzido e há controle de acesso nos espaços.

Em Maringá, também no norte do estado, o comércio em geral foi reaberto. A cidade seguia regras rígidas de fechamento e foi uma das primeiras do estado a restringir atividades. Agora, até salões de beleza e barbearias foram liberados.

Ainda não podem funcionar áreas de lazer, casas noturnas, e locais fechados de aglomeração, como cinemas. Em contrapartida, está obrigatório o uso de máscaras.

*Folhapress

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