Ciclone no Rio Grande do Sul causa mortes e deixa desalojados
Principais municípios atingidos são os do norte do estado e da Serra Gaúcha
Pleno.News - 04/09/2023 16h36 | atualizado em 04/09/2023 17h45
O Rio Grande do Sul está enfrentando, mais uma vez, forte chuva e ventania por causa de ciclone extratropical. De acordo com a Defesa Civil do estado, quatro pessoas morreram e mais de 100 ficaram desalojadas, entre a madrugada e o fim da manhã desta segunda-feira (4). Muitas casas sofreram danos por causa da ventania, da chuva forte e da queda de granizo. Além disso, há muitos pontos de alagamento.
Os principais municípios atingidos são os do norte do estado e da Serra Gaúcha. Em Mato Castelhano, uma pessoa morreu ao tentar atravessar um rio em uma caminhonete e ser levada pela correnteza. Em Ibiraiaras, outras duas morreram após ficarem presas dentro de um veículo e serem levadas pela água. Elas também estavam tentando atravessar um rio, segundo a Defesa Civil.
Um homem morreu em Passo Fundo após sofrer choque elétrico. O granizo que caiu na cidade danificou o telhado de ao menos 20 residências e, até o momento, já foram contabilizadas três quedas de árvores e 12 pontos de alagamento. A prefeitura está fazendo a desobstrução de bueiros para que a água possa escoar com mais facilidade. Não há dados de desalojados.
Em Nova Bassano, cerca de 35 residências tiveram danos em seu interior devido à inundação do Rio Sabiá e ao alagamento de várias ruas da cidade. Até o momento, foram contabilizados 90 desalojados na cidade. A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil está auxiliando as famílias.
Ainda em Nova Bassano, entre o município e a cidade vizinha, Serafina Corrêa, o Rio Carreiro invadiu uma ponte e um camping ficou embaixo d’água, segundo a empresa de meteorologia MetSul.
Em Sarandi, a tempestade com granizo danificou 150 residências. Em Santa Maria, o trânsito precisou ser interrompido em diversos pontos da área urbana e rural. Além disso, há casas e muros danificados por queda de árvores e alagamentos. A rede pluvial da cidade está “em colapso”, afirma a Defesa Civil estadual.
Confira, o panorama de outras cidades afetadas:
– Santo Expedito do Sul: pontos de alagamento na área urbana e quedas de árvores na área rural;
– Lajeado do Bugre: tempestade com granizo que danificou cerca de 20 residências;
– Boa Vista das Missões: tempestade com granizo que danificou cinco residências;
– Ibiraiaras: além da morte de duas pessoas, 30 residências tiveram danos devido aos fortes ventos e queda de árvores. Cerca de seis residências ficaram alagadas na área central, mas não há dados sobre desalojados;
– São Jorge: cerca de 30 residências tiveram danos em seu interior por causa de alagamentos;
– Bento Gonçalves: alagamentos estão sendo atendidos pelo Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil municipal;
– Caxias do Sul: alagamentos e queda de algumas árvores;
– Marau: nível de rios da cidade está subindo;
– Casca: vários pontos da cidade estão com ruas interditadas por alagamento. Um veículo foi arrastado pela chuva e cerca de dez casas ficaram alagadas. Estradas vicinais do interior do município têm vários pontos interditados;
– Nova Araça: alagamentos em várias ruas, danos em bueiros e pontes interditadas;
– Campestre da Serra: danos em várias estradas, ruas e bueiros do município, além de pontes interditadas;
– André da Rocha: inundação do Riacho Chimarão, atingindo seis residências e provocando a interdição da ponte do Rio Turvo. Não há dados sobre desalojados;
– Protásio Alves: inundação do Rio da Prata e do Rio Turvo, atingindo três residências. Estradas do interior tiveram suas atividades interrompidas, com queda de barreiras. A COMPDEC está realizando o levantamento dos danos. Três famílias estão sendo retiradas das residências, totalizando nove pessoas desalojadas;
– Carlos Barbosa: interdição da estrada Santa Clara devido à subida do Rio Paraguaçu;
– Panambi: aproximadamente 20 residências foram atingidas por alagamentos. Uma sofreu desabamento em um muro;
– Cruz Alta: chuvas superiores a 250 mm nas últimas 48 horas elevaram o nível de um barramento (açude) na área urbana de Cruz Alta, colocando em risco oito residências a jusante. Foi aberto um vertedor de emergência em uma das ombreiras. O local foi mapeado, moradores alertados e as equipes seguem monitorando. Secretarias municipais do meio ambiente e obras farão a verificação do local e a CREPDEC segue monitorando e orientando;
– Sagrada Família: aproximadamente 20 residências e dez comércios foram atingidos pelo vendaval.
*AE
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