Paulo Moura - 03/12/2020 14h03

Já são nove os presos por suspeita de participar do roubo a uma agência do Banco do Brasil em Criciúma, Santa Catarina. As duas detenções mais recentes foram feitas na cidade de Gramado, na Serra Gaúcha, na manhã desta quinta-feira (3). A polícia apura se um dos presos pertence a facção criminosa de São Paulo.

Outros seis supostos envolvidos foram presos entre a tarde de quarta-feira (2) e a madrugada desta quinta, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, e uma mulher foi presa em São Paulo ainda na quarta. Entre os suspeitos, seis são paulistas, um de Minas Gerais e o outro não teve a naturalidade divulgada.

Durante a investigação, a polícia também encontrou um galpão utilizado pelos assaltantes na madrugada do crime em Içara, cidade localizada a 9 quilômetros de Criciúma. Segundo a PM, o local foi utilizado para pintar os carros usados pelos criminosos no assalto. A suspeita é de que os assaltantes saíram do galpão em direção ao 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) em Criciúma.

AS PRISÕES
No final da manhã de quarta-feira, uma mulher foi encontrada em São Paulo-SP. Na casa em que estava foram encontradas munições de fuzil e detonadores de explosivos. Já no fim da tarde do mesmo dia, três homens foram encontrados na divisa entre Torres-RS e Passo de Torres-SC. Eles tinham R$ 49 mil e um deles alugou uma casa em Morrinhos do Sul-RS.

Outros dois homens foram encontrados na BR-116 em São Leopoldo-RS. Eles tinham R$ 8,1 mil e, segundo a investigação, o carro em que estavam foi usado como batedor para locomover os demais veículos do assalto.

Já no começo da manhã desta quinta-feira, um homem foi encontrado em uma casa em Morrinhos do Sul/RS. Ele diz ter sido pago para queimar as provas da residência. Por fim, dois homens foram encontrados em Gramado-RS, um dentro de uma casa e outro escondido no mato.

O ROUBO
O roubo na cidade de Criciúma, em Santa Catarina, aconteceu entre a segunda (30) e a terça-feira (1°), quando o município foi invadido por uma quadrilha que sitiou o local e aterrorizou os moradores para assaltar um banco. Ao longo da ação, o grupo provocou incêndios, bloqueou ruas e acessos à cidade, usou reféns como escudos e atirou várias vezes.

Segundo a Polícia Civil, o ato criminoso foi realizado por cerca de 30 pessoas encapuzadas que participaram da ação simultânea. O ataque durou mais de uma hora e a prefeitura pediu ajuda a batalhões de municípios vizinhos e também para cidades do Rio Grande do Sul. Durante a ação, um policial militar e um vigilante foram baleados.

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