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Juiz destacou que Rosana Auri apresentou "comportamento calculista e insensibilidade exacerbada"

Paulo Moura - 26/11/2020 09h13 | atualizado em 26/11/2020 10h00

Assassinas do menino Rhuan, de 9 anos Foto: Divulgação/PC/DF

A frieza com que o menino Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9 anos, foi morto no dia 31 de maio de 2019 pela mãe Rosana Auri da Silva, e a companheira dela, Kacyla Priscyla Santiago, chegam a assustar a cada informação nova divulgada sobre o assunto. Na sentença que condenou as duas a mais de 60 anos de prisão, o juiz Fabrício Castagna Lunardi aponta um “comportamento calculista e insensibilidade exacerbada” especialmente por parte de Rosana.

– A ré [Rosana] não demonstrou arrependimento, remorso ou empatia com a vítima, o que evidencia um desvio de personalidade que deve ser valorado negativamente – destacou o magistrado.

Em um dos momentos da sentença, Lunardi aponta que a perversidade de Rosana chegou ao ponto dela dizer que o “cheiro” do cadáver do filho Rhuan, que ela e a companheira tentaram eliminar colocando em uma churrasqueira, “estava bom”.

– O nível de perversidade da ré Rosana é tamanho que, ainda no local do homicídio, ao ser perguntada pelo delegado ‘Vocês comeram a carne da criança?’, respondeu a ele: ‘Não, mas o cheiro estava bom’ – afirmou o juiz na sentença.

O juiz também narrou na decisão o episódio em que Rhuan foi torturado e teve a parte íntima decepada numa falectomia caseira, um ano antes de morrer pelas mãos da mãe e da madrasta. Antes de realizar a cirurgia, as duas criminosas teriam pesquisado na internet “como extrair pênis e testículos”.

– A vítima sofria de dores lancinantes e desconforto prolongado ao urinar, desde o dia da lesão até a sua morte […] Ou seja, para urinar, a bexiga da vítima precisava encher muito, sendo que ela urinava por gotejamento, sentindo uma dor inimaginável, por um pequeno orifício – completou o juiz.

Assassinas confessas, as duas foram condenadas pelo Tribunal do Júri de Samambaia, no Distrito Federal. Rosana foi sentenciada a 65 anos, 8 meses e 10 dias de reclusão, e Kacyla a 64 anos, 8 meses e 10 dias. Ambas cumprirão a pena em regime fechado.

CRIME BÁRBARO
O assassinato hediondo do menino Rhuan Maycon, de 9 anos, foi um caso que chocou o Brasil no fim de maio de 2019. As autoras do crime são a própria mãe do garoto, Rosana Auri da Silva Cândido, de 27 anos, e sua companheira, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa, de 28 anos.

O laudo divulgado pela Polícia Civil do Distrito Federal revelou que Rhuan estava vivo quando foi decapitado pela própria mãe, com a ajuda da companheira.

Rosana e Kacyla foram presas em flagrante no dia 1º de junho do ano passado. O assassinato aconteceu um dia antes, em 31 de maio. O menino levou uma facada enquanto dormia e, ao acordar, a própria mãe desferiu outros 10 golpes e decepou a cabeça dele.

A barbaridade não parou por ai: as mulheres ainda furaram os olhos do cadáver, dissecaram a pele do rosto e tentaram incinerar o corpo em uma churrasqueira, sem sucesso. As investigações descobriram que, um ano antes da morte, as mulheres amputaram o pênis de Rhuan.

À polícia, Rosana alegou que ele queria ser uma menina e por isso fez o procedimento. A mulher ainda afirmou que não sentia amor pela criança e que ele atrapalhava seu relacionamento com Kacyla. Rosana também indicou que queria atingir o pai de Rhuan quando matou o filho.

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